domingo, 24 de fevereiro de 2013

QUEM VAI LEVAR A ESTATUETA MAIS COBIÇADA DE 2013.



Três filmes lideram apostas para o Oscar, mas "Argo" chega na dianteira


Fonte:Rodrigo Salem FOLHA DE SP


"Argo", de Ben Affleck, chega à cerimônia de entrega do Oscar 2013, que acontece hoje, no Dolby Theatre, em Los Angeles, como o maior favorito da noite.

Se o longa confirmar a condição, será a maior virada em Hollywood desde que "Crash", de Paul Haggis, passou a perna em "O Segredo de Brokeback Mountain", de Ang Lee, em 2006.

Quando foi apresentado para a imprensa no Festival de Toronto, em setembro do ano passado, "Argo" foi recebido com boas críticas e um burburinho de Oscar.

Mas ninguém ousava afirmar que ali estaria o grande candidato à estatueta da 85ª edição do prêmio.

Pela frente ele ainda teria "Lincoln", biografia do presidente icônico dos Estados Unidos, dirigida por Steven Spielberg e protagonizada por Daniel Day-Lewis.
Fotomontagem
"Argo", de Ben Affleck, "Lincoln", de Steven Spielberg, e "A Hora Mais Escura", de Kathryn Bigelow
"Argo", de Ben Affleck, "Lincoln", de Steven Spielberg, e "A Hora Mais Escura", de Kathryn Bigelow, são favoritos ao Oscar

Em seguida, estrearia "A Hora Mais Escura", uma produção que mistura jornalismo e cinema sobre os dez anos de investigação que levaram à morte do terrorista Osama bin Laden.

Como competir com temas tão importantes para os EUA, feitos por Spielberg e pela dupla vencedora do Oscar 2009 com "Guerra ao Terror", a diretora Kathryn Bigelow e o roteirista Mark Boal?

Em dezembro, "Lincoln" e "A Hora Mais Escura" escalavam o topo de quase todas as listas de associações americanas de críticos. Na época, "Argo" já havia saído de cartaz, com dignos US$ 127 milhões (R$ 250 milhões) em caixa.

O último prego no caixão do thriller sobre o resgate inusitado de americanos no Irã em 1979/80 deveria ter sido o anúncio dos indicados ao Oscar, em 10 de janeiro.

A ausência de Ben Affleck entre os diretores, mesmo com o seu longa entre os candidatos a melhor filme, fez supor que a Academia apostaria na disputa entre Spielberg e Bigelow.

Afinal, apenas três produções na história ganharam a estatueta sem ter seus diretores na briga: "Asas" (1927), "Grande Hotel" (1932) e "Conduzindo Miss Daisy" (1989).

A reação foi a oposta. Depois da esnobada, Affleck ganhou todos os prêmios dos sindicatos -de atores, diretores, produtores e roteiristas, a maioria formada por membros da Academia.

Há cinco anos o melhor filme do Oscar também leva os prêmios dos sindicatos.

"A suposta esnobada colocou fogo na gasolina e mudou o que deveria ser uma daquelas premiações em que um filme ganha tudo", escreveu
Sasha Stone, especialista do site "Awards Daily". "Foi uma bênção disfarçada."

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