terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ERROS HISTÓRICOS NOS GANHADORES DO OSCAR...



Fonte:Marcel Verrumo/superinteressante
Falta pouco para a cerimônia do Oscar, o prêmio máximo do cinema de Hollywood. Se você curte cinema, deve estar correndo contra ao tempo para terminar de ver todos os longas concorrentes. Um detalhe deste ano é que, entre os filmes indicados para a categoria principal da premiação, alguns são baseados em fatos reais. Mas vá com calma antes de acreditar em todas as informações históricas que aparecem nas produções.

Confira as “liberdades poéticas” que desclassificam “Lincoln”, “Argo” e “A hora mais escura” como aulas de história a seguir. 

1. “Lincoln”

Foi assim: O filme de Steven Spielberg conta os últimos meses de Abraham Lincoln como o 16º presidente norte-americano no período pós-Guerra de Secessão. Os Estados Unidos estavam divididos ao redor de temas como a escravidão. Confira:

Só que não: O primeiro erro do filme irritou políticos norte-americanos dos últimos tempos. Não é para menos. No filme, dois – dos quatro – representantes do estado de Connecticut votaram contra a abolição. Na História, todos os representantes do estado, que apoiou Lincoln na luta contra a escravidão, apoiaram seu término. 

Após o lançamento do longa, um representante do Estado escreveu uma carta, criticando a obra: “Como os parlamentares de Connecticut – um estado que apoiou o presidente Lincoln e onde milhares de seus filhos perderam a vida lutando contra a escravidão? Seria ter estado do lado errado da história”, escreveu Joe Courtney. Os roteiristas se desculparam.

Não parou por aí. Na época – ao contrário de hoje – seria impensável uma primeira dama ficar na House Gallery acompanhando o resultado de uma votação. O presidente nunca foi visto hasteando uma bandeira usando uma manivela, mas um sistema de cordas. E, não: não há registros históricos indicando que o presidente tirou do forro da cartola um emocionante discurso que agradaria multidões.

2. “Argo”

Foi assim: Argo, redenção cinematográfica de Ben Affleck, conta a história de seis funcionários da Embaixada dos Estados Unidos que ficam presos no Irã quando estoura a Revolução Iraniana. O grupo consegue fugir e se refugiar na casa de um embaixador canadense, mas precisa encontrar uma maneira de voltar logo para os EUA. Um agente da CIA (Ben Affleck) tem um plano inusitado: fingir-se de cineasta e ir ao Irã com a desculpa de que está produzindo um filme no país. Durante as filmagens do falso filme, os funcionários da Embaixada se transformariam na equipe técnica da produção e tentariam deixar o país simulando esses papéis.
Só que não: A cena em que os diplomatas norte-americanos, disfarçados de integrantes da equipe de filmagem, embarcam no avião e está prestes a deixar Teerã não é tão dramática quanto a mostrada no filme. Tony Mendez, agenda da CIA que estava presente na ocasião, narrou em um livro que, sim, o avião ficou quase uma hora parado – mas não houve ligação para Hollywood e todo o drama apresentado no longa. O filme sofreu vários outros ataques, principalmente por dar mais crédito aos Estados Unidos do que ao Canadá, que também se arriscou para que o plano desse certo.

3. “A hora mais escura”

Foi assim: O filme se baseia na história recente dos Estados Unidos e narra o período que o país viveu após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A história é sobre Maya, uma agente da CIA que, junto com militares americanos, descobriu o esconderijo do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Só que não: Por ora, este ponto ainda não é um erro histórico (e nem um acerto), é uma polêmica, um fato que vem sendo discutido pela crítica:. “A hora mais escura” sugere que, para obter informações do local em que Osama estava escondido, a CIA utilizou a tortura em interrogatórios.

Um comentário:

  1. Eu entendo,também gosto muito de história. Não sou professor é claro,mas gosto de perceber certos detalhes em filmes históricos. Mas sobre o Lincoln,não sei se o senhor concorda,mas aquela história do Connecticut parece mais real no filme do que nas palavras dos historiadores americanos,pois os EUA adoram lançar heróis na história,e querem dizer que todo mundo apoio o Lincoln sobre a questão da escravidão. Eu não acho ,por que naquela época ,muitos homens importantes tinham fazendas que utilizavam a mão-de-obra escrava. Então ,não querendo ser religioso,mas, se Deus não agradou todo mundo,por que Abraham Lincoln agradaria?.

    Um Abraço,boa postagem e muito boa observação professor !

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