Palestras sempre são atividades que ajudam a enriquecer um currículo, melhorar o nosso nível de informações e com certeza ajudam na prática docente ou profissional de qualquer área, mas existem um porém, quando as palestras colocam dúvidas, trazem incertezas e contradizem certas teorias ou paradigmas inculcado nas mentes e na consciência popular.
Bom talvez as dúvidas podem significar avanços e as certezas um retrocesso, mas quando um palestrante que domina o tempo o espaço e as informações, relata que as novas tecnologias não passam de bugigangas virtuais , que os instrumentos que utilizamos para acessar as redes sociais(celulares ,ipads. laptop.etc) não passam de espelhinhos modernos que servem para nos iludir como já foi feito a 500 anos com os nativos da América, enganados com bugigangas e espelhinhos da época.
Este mesmo palestrante coloca que a educação sempre foi uma cópia mal feita e imposta de cima para baixo pela autoridades e elites que dominavam a política em seu tempo ou período, por isso o Brasil nunca conseguiu realmente uma educação libertadora , emancipadora e acima de tudo democrática, pois a nossa educação sempre foi avaliativa, excludente, intolerante, que segrega e que quando houve alguma mudança ela se deu num ambiente de poluição virtual, dominado pelas redes sociais que privilegia o narcisismo, o individualismo, o ser , mas não o humano.
Bom aí vem um segundo palestrante e relata o contrário da primeira palestra, segundo ele temos que nos inserir nas redes sociais , acompanhar a revolução tecnológica e estarmos ligados a pelo menos cinco canais virtuais de comunicação ao mesmo tempo, não sei qual dos dois estão com a razão , talvez os dois ou nenhum deles, espero que a dúvida minha não seja um problema apenas, mas um início de uma compreensão.
Outra fala do segundo palestrante que chamou atenção foi a comparação de um IDEB que possivelmente fosse realizado na década de 40 com o realizado nos dias atuais , na opinião dele os alunos daquela época seriam muito melhores, com resultados ótimos, mas aí reside minha dúvida como comparar uma escola excludente dos anos 40 com uma escola dos dias atuas , escola inclusiva , uma escola de massas, uma escola que não quer deixar ninguém sem estudar , mas que infelizmente trata todos iguais e que não acolhe as diferenças por mais que tente.
Infelizmente ou felizmente a educação proporciona estas contradições que devem ter o máximo de cuidados ao ser analisadas, sim podem gerar dúvidas de quem realmente possui a razão, ou se não tomar conhecimento destas visões antagônicas podemos apenas ficar com um único viés e quando isto acontece a educação torna-se uma arma letal como propõe o filma a "Onda".
Os docentes atuais são relapsos em muitos aspectos, mas em compensação conseguem uma auto reciclagem muito rápida e aprendem rápido com as transformações , penso que falta algo especial para que as transformações não fiquem apenas no virtual ou nas teorias de palestras que por vezes conseguem uma sensibilização , mas nunca a transformação.
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