segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"FOME ZERO" É O MODELO ADOTADO PELA ONU PARA ACABAR COM A FOME NOS PAÍSES POBRES.



ONU quer exportar modelo brasileiro de combate à fome


O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) pretende aproveitar a experiência do Brasil na luta contra a fome e exportar o modelo para regiões da África, Ásia e América Latina.
"O Brasil é um magnífico exemplo, principalmente para o continente africano, porque nos últimos anos tirou 30 milhões de pessoas da pobreza e da fome", disse a diretora do PMA, Josette Sheeran, em entrevista à agência EFE.
O PMA inaugurou nesta segunda-feira em Salvador um "centro de excelência contra a fome" orientado a promover a cooperação entre países com o propósito de desenvolver planos nacionais de alimentação escolar e fomentar a segurança alimentar.
Josette ressaltou o investimento do Governo brasileiro para impulsionar planos como o Fome Zero, criado em 2003 para garantir a alimentação diária de milhões de pessoas, e o Bolsa Família. "Queremos exportar para outros países a fortaleza demonstrada pelo Brasil na luta contra a fome e a desnutrição. Essa experiência deve ser aproveitada", acrescentou.
A iniciativa colaborará com Governos como o de Moçambique e o de Mali com o objetivo de fomentar programas de troca de informação sobre as merendas escolares e práticas de alimentação nas escolas.
A visita de Josette ao Brasil coincide com a realização da 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentícia e Nutricional, que desde esta segunda-feira reúne em Salvador mais de duas mil pessoas para avançar no compromisso de garantir o direito a uma alimentação adequada e saudável.
A diretora do PMA externou sua preocupação pela crise alimentícia no Chifre da África e defendeu o aumento do investimento com o objetivo de garantir a ajuda humanitária na região. "Em países como a Somália existe uma situação muito delicada. É preciso atuar e trabalhar juntos", destacou a diretora do PMA.
No último mês de julho, a ONU declarou oficialmente o estado de crise de fome em duas regiões do sul da Somália que afeta cerca de quatro milhões de pessoas, o que provocou o deslocamento de 100 mil deles a outros locais do país na busca por comida e água.

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