Muita gente comemorou sua morte, e ninguém chorou.
Abaixo, você pode ler a essência da manifestação de Morrisey, cantor do Smiths, à morte de Thatcher.
“Cada movimento que ela fez foi marcado pela
negatividade.
Ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os pobres, ela odiava o Greenpeace e os todas as entidades de proteção ambiental.
Ela deu a ordem para explodir o Belgrano já quando o navio argentino estava se afastando das Malvinas. E quando os meninos argentinos a bordo do Belgrano sofreram uma morte terrível e injusta, Thatcher deu o sinal sinal de positivo para a imprensa britânica.
Ela odiava feministas ainda que tenha sido graças a elas que o povo britânico aceitou que um primeiro-ministro pudesse realmente ser do sexo feminino.
Thatcher era um horror sem um átomo da humanidade.”
Quanto a mim: sabia, evidentemente, que Thatcher era uma figura que dividia os ingleses.
Mas não imaginava, até ver as reações a sua morte aqui na Inglaterra e em outras partes do Reino Unido, quanto o ódio que ela despertou suplantava o amor e a admiração.
Horas depois do anúncio da morte, enfrentaram-se em Manchester os dois times locais, o United e o City.
Não houve minuto de silêncio. A torcida teria devastado o tributo.
Em Liverpool, os torcedores cantavam em comemoração à morte de Thatcher. Numa tragédia em que morreram muitos torcedores no estádio do Liverpool nos dias de Thatcher, a polícia acusou a torcida local – erradamente, como se veria depois.
Thatcher condenou a torcida e apoiou a versão falaciosa da polícia. Jamais foi perdoada.
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