Como Tio Sam se tornou um símbolo dos Estados Unidos?
Júlia Matravolgyi
Ele quer você. Estamos falando daquele cara de cartola na cabeça e dedo em riste, um dos ícones mais conhecidos dos Estados Unidos: Tio Sam.
Ao contrário do que muita gente pensa, o Tio Sam não é famoso por ser algum herói da terra do hambúrguer. Samuel Wilson (1766-1854) era um comerciante que fornecia carne para o exército dos EUA durante a Guerra Anglo-Americana, em 1812. Os barris que comportavam a comida enviada aos soldados continham as iniciais “U” e “S”, uma referência a United States (Estados Unidos). As letras, no entanto, se tornaram motivo de brincadeira entre os soldados, que diziam que seu real significado era Uncle Sam, ou Tio Sam, em português. A tropa, que lutava ao norte de Nova Iorque, logo adotou o “Tio” como o responsável pela alimentação dos militares.
O “verdadeiro” Tio Sam, Samuel Wilson
Em 1870, o cartunista Thomas Nast deu um rosto para a figura que se tornava cada vez mais popular. Os traços do personagem foram inspirados em Abraham Lincoln (ex-presidente e herói nacional). Sam veste as cores da bandeira do país.
O cartaz que incentivava os jovens a se alistarem
A fama internacional do “tio” veio quase meio século depois, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando os desenhos de Nast foram alterados por James Flagg, a pedido de militares dos Estados Unidos. A partir de então, Tio Sam passou a ter a “pose” que conhecemos: o dedo desafiador, acompanhado pela frase que convida os jovens a se alistarem nas forças armadas do país: I want you for the US army (quero você para o Exército dos Estados Unidos). Em 1961, o Congresso dos EUA oficializou o “Tio” famoso como símbolo nacional
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