Em dossiê, hackers acusam Marco Feliciano de empregar fantasmas
O grupo acusa o pastor de usar verba da Câmara para pagar seus advogados e de contratar funcionários fantasmas em seu gabinete
O grupo hacker Anonymous Brasil divulgou, nesta quinta-feira, um "dossiê" que acusa o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de empregar funcionários fantasmas e beneficiar de forma ilegal pessoas que apoiaram sua campanha. Ele tem sido alvo de diversos protestos após ter assumido a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados por declarações homofóbicas.
O Anonymous divulgou o CNPJ de cinco empresas que seriam de Feliciano, sendo que uma delas não estaria incluída na declaração de imposto de renda apresentada a Justiça Eleitoral, em 2010. Seria a empresa GMF Consórcios, que segundo os hackers, tem ampla divulgação em seus programas religiosos na televisão.
De acordo com o dossiê, um candidato a vereador de Guarulhos, que teria apoiado a campanha de Feliciano, teve passagens aéreas pagas pelo deputado por meio da Cota de Exercício de Atividade Parlamentar. A mesma verba teria sido usada ainda para pagar as passagens aéreas de seu advogado, que o defende em um processo de estelionato, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), além de outras pessoas ligadas ao pastor.
O dossiê montado pelos hackers diz que seis funcionários de Feliciano, que trabalham em seu programa de TV, também recebem salários que variam entre R$ 1,5 mil e R$ 8 mil, da Câmara. Ainda de acordo com as informações divulgadas, o pastor teria ainda contratado pessoas que ajudaram em sua campanha eleitoral de 2010 como funcionários fantasmas.
Entre os funcionários fantasmas estaria um funcionário de Feliciano, que recebe pela Câmara, mas trabalha em uma empresa de advocacia a 1.170 quilômtros do Congresso. Essa mesma empresa recebe recursos de Feliciano por meio da Cota de Atividade Parlamentar por serviços de Consultoria.
Ninguém foi encontrado no gabinete do pastor para falar sobre o dossiê divulgado pelos hackers.
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