domingo, 12 de maio de 2013

BOA LEMBRANÇA ESTA DO JUREMIR SOBRE A ANTIGUIDADE DO PRECONCEITO RACIAL.


O preconceito racial desde Shakespeare

 por Juremir 
Nesta segunda-feira, 13 de maio, lembramos da infâmia mais infame, a escravidão, que durou no Brasil até 1888.
As marcas da escravidão estão por toda parte, especialmente no preconceito que se manifesta em piadas, tiradas falsamente espirituosas, analogias, imagens, comparações e até na luta contra o chamado politicamente correto.
O preconceito racial perpassa a história da arte.
Otelo, de Shakespeare, é um mouro. Um negro.
Militar valente, dele depende Veneza.
Ele se casa secretamente com a branca Desdêmona, filha de senador.
O pai da moça pode confiar nela para salvar a sua vida e da república, mas não para ser o pai dos seus netos. As expressões racistas abundam na obra.
Faz parte daquele tempo, daquela cultura, daquele imaginário.
Mas não deixam de ser racistas.
Iago, o canalha da peça, alerta o senador Brabâncio: “Um velho bode negro está cobrindo vossa ovelha branca. De pé! De pé!”
O Doge de Veneza, por razões pragmáticas, consola como pode o senador Brabâncio: “Vosso genro é muito mais belo do que negro”.
Em Shakespeare, o racismo é dos personagens.
Em nosso Monteiro Lobato, o racismo é do autor.

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