Governo britânico pressionou Guardian a interromper investigação do caso Snowden
O governo do Reino Unido pressionou o jornal britânico The Guardian a interromper sua série de reportagens investigativas do caso Edward Snowden. O periódico, de grande tradição na imprensa mundial, é o responsável pela publicação da maioria das matérias sobre o ex-funcionário da inteligência americana cujos documentos permitiram trazer a público um vasto esquema de espionagem mantido pelos Estados Unidos e pela Inglaterra.
Em um texto publicado no final da noite desta segunda-feira no seu site, o editor do Guardian Alan Rusbridger comenta a detenção temporária em Londres de David Miranda, namorado do jornalista americano Glenn Greenwald, e detalha que, ao longo dos últimos meses, representantes do governo do Reino Unido o buscaram com o intuito de pressionar o jornal a interromper as reportagens sobre o caso Snowden.
Cerca de um mês depois, o editor do Guardian recebeu um telefonema de uma fonte do governo neste sentido, afirmando que os jornalistas já haviam "se divertido" e era de "devolver o material". Ele manteve encontros com novos representantes, que repetiram o pedido. "Vocês já conseguiram o debate que queriam. Não há mais necessidade de escrever sobre isso." O oficial confirmou a Rusbridger sua suspeita de que, caso o material não fosse devolvido, o governo adotaria meios legais para forçar o jornal a devolver os documentos de Snowden.Segundo Rusbridger, o primeiro contato ocorreu há dois meses. Um alto oficial que se dizia representar a posição do premiê britânico, David Cameron, encontrou-se um par de vezes com o editor para pedir-lhe a devolução ou a destruição do material sobre o qual estavam trabalhando. Rusbridger qualificou o tom do encontro cordial, mas notou haver uma "ameaça implícita" de que outros membros do governo estariam mais dispostos a uma "abordagem draconiana".
O editor do Guardian contestou a pressão do governo, afirmando que os colaboradores da investigação possuem inúmeras cópias do material do caso e que o trabalho da reportagem é executado em muitos outros lugares que Londres, tornando portanto inútil a pressão para a entrega física de documentos.
As reportagens sobre Snowden começaram a ser publicadas no dia 6 de junho. O ex-funcionário da inteligência americana, procurado pela Justiça dos EUA, está atualmente na Rússia, país que lhe concedeu visto temporário de residência.
O governo do Reino Unido pressionou o jornal britânico The Guardian a interromper sua série de reportagens investigativas do caso Edward Snowden. O periódico, de grande tradição na imprensa mundial, é o responsável pela publicação da maioria das matérias sobre o ex-funcionário da inteligência americana cujos documentos permitiram trazer a público um vasto esquema de espionagem mantido pelos Estados Unidos e pela Inglaterra.
Em um texto publicado no final da noite desta segunda-feira no seu site, o editor do Guardian Alan Rusbridger comenta a detenção temporária em Londres de David Miranda, namorado do jornalista americano Glenn Greenwald, e detalha que, ao longo dos últimos meses, representantes do governo do Reino Unido o buscaram com o intuito de pressionar o jornal a interromper as reportagens sobre o caso Snowden.
Cerca de um mês depois, o editor do Guardian recebeu um telefonema de uma fonte do governo neste sentido, afirmando que os jornalistas já haviam "se divertido" e era de "devolver o material". Ele manteve encontros com novos representantes, que repetiram o pedido. "Vocês já conseguiram o debate que queriam. Não há mais necessidade de escrever sobre isso." O oficial confirmou a Rusbridger sua suspeita de que, caso o material não fosse devolvido, o governo adotaria meios legais para forçar o jornal a devolver os documentos de Snowden.Segundo Rusbridger, o primeiro contato ocorreu há dois meses. Um alto oficial que se dizia representar a posição do premiê britânico, David Cameron, encontrou-se um par de vezes com o editor para pedir-lhe a devolução ou a destruição do material sobre o qual estavam trabalhando. Rusbridger qualificou o tom do encontro cordial, mas notou haver uma "ameaça implícita" de que outros membros do governo estariam mais dispostos a uma "abordagem draconiana".
O editor do Guardian contestou a pressão do governo, afirmando que os colaboradores da investigação possuem inúmeras cópias do material do caso e que o trabalho da reportagem é executado em muitos outros lugares que Londres, tornando portanto inútil a pressão para a entrega física de documentos.
As reportagens sobre Snowden começaram a ser publicadas no dia 6 de junho. O ex-funcionário da inteligência americana, procurado pela Justiça dos EUA, está atualmente na Rússia, país que lhe concedeu visto temporário de residência.
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