RICO POR UMAS HORAS
André Garcia Martines, 74, acordou na terça-feira passada, como sempre, "duro, desgraçado, aposentado". Fez o café, arrumou a mesa para a mulher e a filha, pegou o jornal e... achou que tinha ficado rico.
O ex-funcionário do Tribunal de Justiça conferiu o resultado da Lotofácil na "FolhaCorrida", última página de "Cotidiano". Tinha acertado 15 números, o que lhe daria um prêmio de R$ 231 mil.
Começou a fazer planos. "Fiquei emocionado. Daria para ajudar a quitar os apartamentos das minhas filhas, ajeitar a minha casa, cuidar da mulher. O resto iria para a poupança", conta o sr. André.
Na casa lotérica perto de sua casa, no Ipiranga, a alegria acabou. A Folha tinha publicado o resultado do concurso anterior: em vez de trazer o sorteio de segunda-feira, repetiu o de sábado. O sr. André não tinha direito a nada.
"Pedi desculpas para a minha mulher e para a minha filha, porque elas começaram a sonhar com coisas que não posso bancar", diz.
A assinatura do jornal foi um presente da filha -ela lê a "Veja", e a mãe, a "Caras". O erro da loteria deixou-o revoltado. "Não me interessa se foi falha de quem escreveu, se o revisor estava dormindo. Eu me senti ridículo."
O relato do sr. André prova que pequenos erros no jornal podem provocar grandes aborrecimentos.
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