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terça-feira, 11 de novembro de 2014

GRUPO RBS CHEGA AO FUNDO DO POÇO COM SEU JORNALISMO ESPORTIVO .

 

 

 

 

Crônica da baixaria entre Santana e Kenny Braga


Fonte: Por Juremir Machado em 11/11/2014. 


Reza a lenda que fica feio falar de problemas de jornalistas de emissoras concorrentes.
Não acho.
Jamais escutei o programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, por vontade própria.
Sempre o achei o chato e marcado pela arrogância, pela prepotência e pela baixaria.
Vez ou outra, num lotação ou num táxi, ouvia alguns pedaços.
Nos últimos tempos, recebo fragmentos por e-mail ou links para ouvir os piores momentos.
Não mudei a minha opinião. Baixaria pura.
Houve o tempo das baixarias entre Paulo Santana e Ruy Carlos Ostermann.
Era a briga da estupidez com a simulação de elegância.
Teve a briga entre meu amigo David Coimbra e o pretenso rei da cocada, o cada vez mais caricato Paulo Santana.
E, agora, a briga do insuportável Paulo Santana e do exasperado Kenny Braga.
Kenny, que me surpreendeu com sua homofobia no caso do CTG de Santana do Livramento, começou criticando a agressividade de Cacalo, o primitivamente passional ex-presidente do Grêmio, e foi interrompido por Santana.
Kenny subiu o tom. Santana reagiu:
– Vai gritar com a tua mãe.
É grave. Gravíssimo. Noto, porém, que as tietes do Santana tendem a achar que é menos grave do que a resposta do Kenny:
– A tua mãe, fdp.
Essas duas falam sintetizam a história do programa Sala de Redação: gritaria, arrogância e baixaria.
Kenny, humilhado ao longo dos anos, explodiu. A história do Sala de Redação é a história do Paulo Santana humilhando seus colegas baseado na sua amizade com os donos da casa e na sua suposta relevância jornalística autoproclamada.
O palavrão de Kenny veio em reação a uma fala de boteco de quinta categoria de Santana, o que fica claro nesta resposta:
– Não vai botar a minha mãe no meio. Esse cara é louco – diz Kenny.
Faz tempo que muita gente pensa isso. A RBS criou, alimentou e continua a alimentar um monstro histriônico de soberba.
Por que não demitiu os dois?
No imaginário popular, a resposta é: porque Santana é gremista como a RBS; porque a indenização de Santana seria muito alta; porque a corda sempre rebenta no lado mais fraco; porque um tem as costas quentes e outro é um coitado…
A situação foi provocada pela grosseria de Paulo Santana, o intratável acostumado a pisotear colegas.
O inaceitável palavrão do explosivo Kenny foi o último estouro do maltratado.
Construiu-se ao longo do tempo a falsa ideia de que Santana era um gênio e Kenny um idiota.
Cheguei a ironizar que o contrário seria mais verdadeiro.
Santana, de gênio, nada tem. Provocado, usa as armas da violência rasteira por ter proteção.
Triste cenário do fanatismo primário convertido em atração intelectual.
Caiu a casa. Caiu a máscara.
Especula-se que o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho, será contratado para o lugar de Kenny.
O jornalismo só perde. Os comentaristas de jornada são, cada vez mais, ex-jogadores com dificuldade para falar. Os comentaristas de arbitragem são ex-árbitros tatibitates. Os debatedores passam a ser ex-dirigentes medalhões.
Para os jornalistas, salários minúsculos e demissões. Para os figurões, condições especiais e bajulação.
Para quando o próximo palavrão?
Impossível ignorar os barracos do jornalismo gaúcho.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ANA AMÉLIA LEMOS: A SENADORA MAIS NEPOTISTA DO BRASIL.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Senadora no comício da campanha no Gigantinho, em Porto Alegre| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Fonte:Sul21
A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) foi Cargo em Comissão (CC) do próprio marido, já falecido, o senador biônico Octávio Omar Cardoso, em 1986, acumulando essa função com o cargo de diretora da Sucursal do Grupo RBS, em Brasília. A portaria nº 256, de 9 de junho de 1986, assinada pelo então Primeiro-Secretário do Senado, senador Enéas Faria, designou Ana Amélia de Lemos “para exercer a função de Secretária Parlamentar, do gabinete do vice-líder do Partido Democrático Social, Senador Octávio Cardoso, a partir de 1º de abril do corrente ano”.
Portaria de nomeação da  hoje senadora Ana Amélia Lemos em cargos em comissão do Senado
Portaria de nomeação da hoje senadora Ana Amélia Lemos em cargos em comissão do Senado
Segundo Ato da Comissão Diretora do Senado nº12, de 1978, a função de Secretária Parlamentar exercida pela então jornalista tinha como tarefa prestar “apoio administrativo ao titular do Gabinete, preparar e expedir sua correspondência, atender as partes que solicitam audiência, executar trabalhos datilográficos, realizar pesquisas, acompanhar junto às repartições públicas assuntos de interesse do Parlamentar e desempenhar outras atividades peculiares à função”.
Pelo exercício dessas funções, o ato em questão definia o salário mensal de Cr$ 9 mil, (cerca de R$ 8.115,00 em valores atualizados), sujeito o contratado ao regime de 40 horas semanais de trabalho, sendo de 8 horas a jornada diária, devendo a frequência ser atestada, quinzenalmente, pelo titular do Gabinete.
Normas do exercício da função de secretário parlamentar de Gabinete de senador
Normas do exercício da função de secretário parlamentar de Gabinete de senador
Na época, Ana Amélia era diretora da sucursal da RBS, em Brasília, assinando uma coluna no jornal Zero Hora. A jornalista mudou-se para Brasília em 1979, acompanhando seu então marido Octávio Omar Cardoso, suplente do senador biônico Tarso Dutra (falecido em 1983), e efetivado no cargo em 1983, exercendo-o até 1987. Na capital federal atuou como repórter e colunista do jornal Zero Hora, da RBS TV, do Canal Rural e da rádio Gaúcha. Em 1982, foi promovida à diretora da Sucursal em Brasília.
As preocupações com a informática cópia1
Coluna de Ana Amélia no dia 09/06/1986
No dia em que a portaria de nomeação era publicada (09/06/1986), Ana Amélia Lemos assinava sua coluna no jornal Zero Hora, com o título principal: “As preocupações com a informática”.
Moralidade cópia (1)
Editorial de ZH em 09/06/1986
Neste mesmo dia, um editorial de ZH defendia a moralidade nas nomeações de cargos públicos.
“A obrigatoriedade do concurso para provimento efetivo de cargos públicos é constantemente ignorada pela política do nepotismo, do apadrinhamento e do favorecimento”, afirmava então o editorial do jornal.
Em outra coluna, de 11 de abril de 1986, a jornalista comentou “a repercussão crítica feita pelo senador Octávio Cardoso ao presidente do Senado, José Fragelli, que desrespeitando acordo de lideranças sobre encerramento de atividades do Senado no dia do jogo Brasil-Argélia apareceu na TV como se fosse o único senador presente naquele dia em Brasília”.
Quase um ano depois da nomeação, em 17 de março de 1987, a Diretoria da Subsecretaria de Administração de Pessoal do Senado convocou Ana Amélia e um grupo de servidores que exerciam a função de Secretário Parlamentar “a fim de formalizarem a rescisão contratual”. Três dias depois, em 20 de março de 1987, os servidores em questão foram novamente convocados, por edital, publicado no Diário do Congresso Nacional,do dia 17 de Março de 1987, para, num prazo de três dias úteis, formalizarem a rescisão.
Edital de convocação para rescisão contratual
Edital de convocação para rescisão contratual
A reportagem do Sul21 procurou contato com a senadora Ana Amélia Lemos, por intermédio de sua assessoria de imprensa, na tarde desta quinta-feira (11), em várias oportunidades, para que ela confirmasse os dados apurados. No início da noite, a assessoria informou que ela estivera em atividades de campanha  e não teria tido intervalo em sua agenda para tratar do tema.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

TARSO GENRO E SUA POSTURA SOBRE A DEMISSÃO DOS TRABALHADORES DA RBS.

Tarso dá apoio aos demitidos da RBS

PorAltamiro Borges

Ironia da história. O Grupo RBS, proprietário do jornal “Zero Hora” e de várias emissoras de tevê e rádio, é a principal força opositora ao governo de Tarso Genro (PT-RS). Desde o início do seu mandato, em janeiro de 2010, os veículos deste império midiático regional não dão um minuto de trégua ao governador gaúcho. Na semana passada, o empresário-carrasco Eduardo Sirotsky Melzer demitiu sumariamente 130 “colegas” da RBS e ainda enviou uma cartinha pedindo “desapego” às vítimas. Já nesta segunda-feira (12), o governador Tarso Genro manifestou o seu apoio aos desempregados e ofereceu acesso aos programas do governo de incentivo à qualificação e à recolocação do mercado de trabalho.

O anúncio foi feito durante reunião do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul com as secretarias de Trabalho e Desenvolvimento e da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa do governo gaúcho. Segundo a entidade classista, a proposta visa apresentar condições para que os demitidos da RBS possam se readequar às vagas disponíveis no Estado. Para os jornalistas com formação específica, as secretarias estudam a possibilidade de ofertar cursos de qualificação gratuitos. Todos os interessados poderão acessar o Programa Gaúcho de Microcrédito, que disponibiliza recursos para investimento em atividade produtiva com baixa taxa de juros.

Enquanto o governador Tarso Genro confirma sua postura republicana, de respeito aos trabalhadores, o Grupo RBS segue com a sua truculência Na última sexta-feira (8), o Sindicato dos Jornalistas promoveu um protesto em frente à sede do jornal Zero Hora, em Porto Alegre. O objetivo era denunciar à sociedade as demissões e exigir a abertura de negociações. Mas a empresa simplesmente barrou o acesso dos dirigentes sindicais às redações. Segundo o site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o executivo da empresa, Ary dos Santos, não permitiu o ingresso de Celso Schröder, presidente da entidade, e de outros sindicalistas, com a desculpa de que eles prejudicariam o andamento do trabalho. 
“O argumento de que iríamos atrapalhar o dia de fechamento dos jornais de sábado e domingo não se justifica. Eles não queriam nossa presença dentro da redação. Nosso entendimento é de que o maior dano foi provocado pela empresa, que anunciou a demissão na segunda e os colegas ficaram dois dias sob a tensão da perda do emprego. O abalo emocional foi responsabilidade da empresa. O sindicato não é prejudicial a ninguém", protestou o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas. “Esta postura da RBS configura prática antissindical que vai ser denunciada internacionalmente”, reagiu Celso Schröder.