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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

IRMÃ DE AÉCIO E MARCOS VALÉRIO TINHAM ESQUEMA DE PUBLICIDADE NO GOVERNO DE AÉCIO...




Irmã de Aécio foi "voluntária" para comandar verbas de MG para Marcos Valério e outros.


Aécio Neves disse no debate do SBT que sua irmã, a jornalista Andrea Neves da Cunha,, serviu seu governo como voluntária, sem remuneração, por isso não se trataria de nepotismo. Não explicou outros 8 parentes, mas vamos concentrar na irmã nesta nota.

Voluntária em que? Ela cuidava de crianças em creches? De idosos? Fazia campanha de doações de agasalho como costumam fazer primeiras damas? Não.

Ela comandou o órgão responsável por coordenar a aplicação das verbas de publicidade do governo de Minas Gerais, conforme comprova esta reportagem do UOL.

Neste período:

- As rádios da família Neves receberam verba publicitária referentes a anúncios do governo Aécio. Apesar de insistentes pedidos, o governo de Minas não fornece os valores pagos às rádios. E o tucano, como um dos donos, não manda fazer um levantamento na contabilidade da empresa para dar respostas ao distinto público.

- Em 2004, as Agências de Publicidade SMPB e DNA de Marcos Valério receberam dinheiro de publicidade do governo Aécio:


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc0409200615.htm
Em discurso na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Sávio Souza Cruz (PMDB) de oposição ao governo tucano de Minas, fez um discurso que no trecho dá sua visão da atuação de Andrea Neves no controle com mão de ferro da área de comunicação e propaganda:

http://www.jusbrasil.com.br/diarios/63146436/al-mg-18-12-2013-pg-89/pdfView
Como se vê não se trata de um trabalho voluntário filantrópico. Se trata de exercício de poder sobre o destino de verbas de publicidade e do relacionamento com a mídia e com agências.

domingo, 20 de julho de 2014

FOLHA DE SÃO PAULO DETONA AÉCIO NEVES.

Folha de SP esculacha Aécio. Colunista citou “ 
 drogas” e o desvio de R$ 4,3 bi da saúde -
 Fonte:Ricardo   Melo /folha de São Paulo.

 Ninguém é obrigado a ser candidato a 

presidente. Mas quem abraça a causa deve 

saber que sua vida está sujeita a ser 

esquadrinhada –Mirian Cordeiro que o diga. O 

tucano Aécio Neves, agora candidato oficial 

do PSDB, parece incomodado nesta missão.

Ainda pré-candidato, Aécio começou mal. Decidiu fugir de perguntas incômodas, atacar as críticas como obra de um submundo e acionar a Justiça para tentar limpar uma biografia no mínimo controvertida. Nada a favor dos facínoras que inventam mentiras em redes sociais para desqualificar adversários. Mas daí a ignorar questionamentos vai uma distância enorme.

A repórter Malu Delgado, da revista "piauí", prestou um belo serviço ao escrever um perfil do tucano. Lá estão prós e contras, alinhados com sobriedade e rigor jornalístico. Cada um que chegue às suas conclusões. Por enquanto, elas soam desfavoráveis ao candidato.Deixe-se de lado qualquer falso moralismo. É direito do eleitor sabatinar quem se propõe a dirigir o país. A fronteira entre o público e o privado se esmaece, sem que isso signifique a condenação a priori de qualquer um.

Vídeos na internet mostram práticas nada republicanas, como gostam de falar, por parte do então governador de Minas Gerais. Entre outras façanhas em bares e blitze, montou uma tropa de choque midiática para sufocar críticas.Tanto fez que a guilhotina tucana decapitou sem piedade inúmeros jornalistas em Minas Gerais. Os testemunhos estão à disposição, basta querer ver e ouvir.

Sombras permanecem. A questão das drogas é uma delas, e cabe ao candidato refutá-las ou não; ao eleitor, mensurar a sinceridade dos depoimentos e até que ponto o tema interfere na avaliação do postulante. Aécio tem se embaralhado frequentemente no assunto. Adotou como refúgio a acusação de que tudo não passa de calúnias. Ao vivo, acusou jornalistas reconhecidamente sérios de dar vazão a rumores eletrônicos. Convenceu? Algo a conferir.

Na reportagem citada, destaca-se um mistério. Uma verba de R$ 4,3 bilhões, supostamente destinada à saúde, sumiu dos registros oficiais do Estado. Apesar de contabilizada na propaganda, a quantia inexiste nos livros de quem teria investido o dinheiro.O caso foi a arquivo sem ter o mérito da questão examinado. A promotora autora da denúncia insiste na ação de improbidade. Na falta de esclarecimentos dos acusados, aguarda-se o veredicto da Justiça.

Esqueletos à parte, na convenção de sábado (14) Aécio teve a chance de ao menos apresentar um programa que justificasse a candidatura. Perda de tempo. O evento faria corar a banda de música da finada UDN. Discursos mirabolantes se esforçaram para preencher o vazio de alternativas.Ouviram-se insistentemente anátemas contra a corrupção. Ninguém se referiu, contudo, às peripécias do mensalão mineiro e às manobras, também nada republicanas, do correligionário Eduardo Azeredo para escapar de uma condenação.

O distinto público continua sem saber se o salário mínimo vai mudar, se a aposentadoria fica como está, se haverá um tarifaço e quais medidas um governo tucano propõe para melhorar o bem-estar do povo. Ministérios serão cortados, esbraveja o senador. Mas quais? A reeleição, comprada a peso de ouro pelo seu partido na gestão FHC, vai mesmo acabar? A respeito disso tudo, o que ressoa é o eco das tais "medidas impopulares".

Em lugar de propostas, metáforas mal construídas que começam com brisa, crescem para ventania e acabam em tsunami. Talvez porque Minas não tenha acesso ao mar.Se quiser seguir em frente, Aécio Neves está muito a dever. Saiu da zona de conforto mineira, em que a imprensa é garroteada impiedosamente para abafar desmandos de gestão. O jogo mudou, e o neto de Tancredo deve providenciar urgentemente garrafas para vender.

Não adianta apostar apenas no erro do adversário. Amante de relógios caros, muitos deles capazes de quitar com seu valor dezenas e dezenas de prestações de aspirantes a uma casa própria, o tucano já deveria ter aprendido que quem sabe faz a hora, não espera acontecer.