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terça-feira, 15 de setembro de 2015

OPERAÇÃO ZELOTES MOSTRA O DNA DOS MORALISTAS CORRUPTOS.

Operação Zelotes em Porto Alegre

Postado por Juremir em 14 de setembro de 2015 -
Hoje tem audiência pública sobre a Operação Zelotes na capital gaúcha. É a investigação, sob a responsabilidade do procurador Frederico Paiva, que trata do pagamento de propinas por empresas para economizar com a Receita Federal. Na lista estão empresas gaúchas: RBS, Gerdau e Marcopolo. A RBS teria pago R$ 15 milhões por fora para não ter de entregar R$ 150 milhões ao fisco. O rombo apurado pela Zelotes bota o da Lava-Jato no chinelo: mais de R$ 600 bilhões. Tenho acompanhado de perto, como jornalista, a Zelotes. Já fizemos entrevista no Esfera Pública, da Rádio Guaíba, com o procurador Paiva.
Eu fui o primeiro a informar, no twitter, que um gaúcho seria citado na rede da Zelotes. Sabia que era Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, o homem que quer pedalar Dilma Rousseff da presidência da República para alegria da oposição. Eu soube disso logo depois das diligências feitas na pacata cidade de Santo Ângelo.Por prudência jornalística, dei as pistas, mas não o nome, em seguida citado pela revista CartaCapital, pelo blogue Cafezinho e depois noticiado pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. A mídia tentou, mas não conseguiu guardar a notícia no cofre.
A Zelotes mexe num pulgueiro. Muita gente boa acha que sonegar não é crime. Nas manifestações verde-amarelas contra Dilma, em março, abril e agosto, havia cartazes defendendo que sonegar é ato de legítima defesa. O assunto dificilmente chega às manchetes dos telejornais globais. Mesmos os parlamentares não se ocupam dele. A grande exceção é deputado gaúcho Paulo Pimenta (PT).
Felizmente o juiz Ricardo Augusto Soares Leite – que sentava em cima de todas as demandas do Ministério Público, como o pedido de prisão de 26 suspeitos – foi substituído. O procurador Frederico Paiva não estava com a “sorte” de contar com um juiz Sérgio Moro. Por que será?
Terá a ver com o fato de investigar poderosas empresas de comunicação?
Seis empresas integram a lista das favoritas para constar na relação das primeiras denunciadas pelo Ministério Público. A RBS e a Gerdau estão entre elas. Os céticos garantem que nenhum grã-fino conhecerá um par de algemas nem as instalações de uma prisão ao estilo paranaense. O buraco seria mais embaixo ou muito mais acima. O Brasil tornou-se um país tragicômico. Chora-se e ri ao mesmo tempo. Convulsivamente. Investigadores são investigados. Moralistas não têm moral. Controladores de contas passam a ser controlados pela análise do que passaram ou apagaram. Ninguém parece escapar. O olhar da mídia, contudo, é bastante seletivo. O bacana seria juntar a Zelotes e a Lava-Jato numa purificação total da nação. Os que se entusiasmam com a Lava-Jato tendem, contudo, a não sentir tesão pela Zelotes.
A Lava-Jato detonou a relação dos políticos com as empreiteiras. A Zelotes traz à tona as nada republicanas relações de empresas de ramos variados com intermediários para sangrar o tesouro nacional pela burla à Receita Federal. Sem políticos na jogada, a mídia perde um pouco do interesse pela novela. Com mídia na parada, o resto do interesse vai pelo ralo. Sonegar é como estupro. Cadeia.
Chegará o tempo utópico de ver atrás das grades os que sonegam impostos?

sábado, 21 de março de 2015

CID GOMES E O S 400 PARLAMENTARES "ACHACADORES" DO POVO BRASILEIRO...

Cid Gomes disse mais em um minuto do que Aécio poderá em 8 anos

Ex-ministro escancarou com que tipo de pressão Dilma está sendo obrigada a lidar, com os parlamentares eleitos em 2014. É inegável que o povo percebe o ambiente de acordos entre deputados
por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual publicado 21/03/2015 12:06.
FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM / ABR E JEFFERSON RUDY / AG. SENADO - FOTOS PÚBLICAS
Cid Aecio Cunha.jpg
Ao expor a maneira de ser e agir de parte do Congresso, Cid Gomes foi a voz popular que Aécio e Cunha não podem ser
Numa semana em que a mídia tradicional turbinou a repercussão das manifestações "contra a corrupção" de domingo passado, o fato político realmente relevante aconteceu dentro do plenário da Câmara, quando o agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), disse em alto e bom som que aquela Casa Legislativa abriga "achacadores" – gente que só pensa em vantagem pessoal e partidária em vez de atuar republicanamente na construção de uma sociedade equilibrada e de um país que tenha como meta e missão a erradicação de toda forma de injustiça.
As declarações de Cid Gomes mostram que a oposição ao governo federal também vive seu inferno astral, em franca crise política, por escolher o caminho do quanto pior, melhor. Éinegável que a imagem dos parlamentares cronicamente opositores está desgastada.
Mais além: ficou claro que Cid Gomes disse mais em um minuto de sua fala na Câmara dos Deputados do que o senador e candidato derrotado à Presidência, Aécio Neves deveria dizer como oposição, mas nunca poderá nem conseguirá dizer.
O povo não entende a atuação dúbia do PSDB de atacar só o PT e poupar partidos da base governista como o PP e o PMDB. O povo enxerga jogo de cena, acordos velados de bastidores e um velho jeito de fazer política voltado a preservar privilégios só para os "amigos". Privilégios que chegam à impunidade.
No fundo, Cid Gomes falou o que líderes da oposição, da qual Aécio é a face mais midiática, teriam obrigação de dizer e, se dissessem até poderiam melhorar suas chances nas urnas. Mas nunca veremos, ao fim dos oito anos de mandato como senador que o tucano tem até 2018, ele fazer um discurso como o de Cid, simplesmente porque tem "rabo preso", por puro interesse político eleitoreiro.
A parte do PMDB e do PP que Cid Gomes classificou como de achacadores é aquela que apoiou Aécio em 2014. Alguns ostensivamente e outros, veladamente.
O episódio, que pode ter criado um embaraço para o Executivo, mas escancarou à população com que tipo de gente a presidenta Dilma está sendo obrigada a lidar, com o Congresso eleito pelo voto em outubro passado, começou com mais um fato ampliado pela mídia em sua ofensiva golpista.
Cid Gomes havia feito uma avaliação em ambiente restrito criticando a parcela de deputados que, segundo ele, usava seus mandatos para emparedar o governo e obrigando-o a acatar suas demandas, desejos e vaidades, ainda que em prejuízo do país e da sociedade brasileira.
A declaração vazou para a imprensa, tornou-se pública, gerou editoriais e bravatas, abriu uma crise entre o então ministro e a Câmara dos Deputados, que o convocou para "explicar-se", em mais um evento que se previa um espetáculo para a televisão.
Cid Gomes, porém, disse respeitar o Parlamento, mas repetiu, agora publicamente, todas as críticas aos que se aproveitam de compor a base aliada do governo, com seus partidos nomeando ministros e secretários, mas agem como oposição.
Disse muito claramente que os partidos que desejam fazer oposição deveriam "largar o osso". Chegou a dirigir-se diretamente ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respondendo que preferia ser chamado de mal-educado do que de "achacador", como Cunha estava aparecendo nas manchetes dos jornais.
A confusão foi grande com deputados que vestiram a carapuça e usaram termos ofensivos contra o ex-ministro. Cunha, com sua aversão crônica pela democracia, cortou o microfone de Cid, que retirou-se da Casa. Ao sair, em entrevista, reiterou o que havia dito e defendeu os esforços da presidenta Dilma para tentar qualificar a política e da árdua luta para a combater a corrupção em ambiente adverso.
Em seguida pediu demissão pelo "sincericídio", pois é óbvio que, por mais que muita gente pense igual à ele, é impossível ter responsabilidade de governar e, ao mesmo tempo, declarar guerra aberta e pública à boa parte de base governista na Câmara.
Cid Gomes vocalizou o que a base eleitoral de Dilma Rousseff nas ruas e nos lares brasileiros vive. A sensação de que o Congresso, de forma generalizada, está pouco ou nada se importando com o eleitorado. E que nada barrará a oposição capitaneada por PSDB e DEM para atingir seus objetivos políticos.