segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

ROLEZINHO NOS SHOPPINGS DO BRASIL PROVOCA PRECONCEITO E SEGREGAÇÃO RACIAL .



O brasileiro é um povo muito criativo, isto o mundo não pode negar, mas nossos jovens que surpreenderam o mundo, em junho de 2013, por aquilo ninguém imaginava, e muito menos esperava, pois de surpresa em surpresa, nossa juventude vem se revelando como vanguardista na arte de protestar, e conclamar a população, para que todos tenham direito na parte que lhes pertence deste país, e principalmente de seus direitos como cidadão.

Os protestos de junho passaram, e o gigante parece que voltou a adormecer, certo, não errado, pois com a chegada do verão e as festas de final de ano, muita gente se desloca de médias e grandes distância, para praias, claro se desloca quem possui algum capital disponível , pois na praia o custo de vida é muito maior, em função do pouco espaço disponível, do efeito sazonal deste período, tornando os produtos muito elevados, desta forma muita gente, não vai a praia, ficando em grandes cidades , principalmente na periferia, e nas grandes cidades, além dos clubes particulares para sócios ou portadores de títulos, restam os shoppings centers, que não precisa ser sócio, e ainda possuem ar condicionado, um lugar de fácil acesso e ideal para se marcar um encontro com a galera, e porque não?

Uma necessidade, uma ideia na cabeça, que despertou muitas outras ideias dos jovens da periferia de São Paulo, no início de dezembro de 2013, pois sem acesso a praia e com disposição e energia, os jovens começaram a ocupar grandes latifúndios dos shoppings, de São Paulo,nos encontros chamados rolezinhos , tudo combinado pela "democrática" rede social, do face ou twitter, isto começou a preocupar a famigerada, tradicional, conservadora e preconceituosa classe média paulistana, começando assim a segunda fase dos protesto no Brasil, desta vez não nas ruas, mas dentro das mecas de consumo do capitalismo no Brasil , ou seja, nos shoppings centers, algo sagrado e religioso para a classe média consumista brasileira.

Desta vez a classe média não aplaudiu, e nem se fez presente , mas quis e fez questão de se separar destes jovens adolescentes , negros , mulatos, pardos e brancos, mas também pobres ,classe c, dependentes de programas sociais do governo federal, em muitos casos, pois a classe média queria e quer criminalizar de alguma forma estes jovens, acusando-os de crimes como arrastão, mas a polícia, que as vezes tem culpa e outras não, até o momento não achou nem armas e nem verificou roubos, como queriam empresários e frequentadores antigos da classe média tradicional usuária destes shoppings.

Não esqueçamos, os shoppings são lugares publico, não se pode proibir ninguém de frequenta-los, pois acusar estes jovens de criminosos, e discrimina-lo devido a sua condição social e cor, isto sim é crime, previsto na constituição, mas pelo menos de uma coisa, está servindo estás retaliações absurdas, para realmente mostrar como pensa nossa elite, e principalmente a sínica classe média, claro com exceções, que isto sirva de lição, para que a sociedade saiba quem é quem, pois não deixar algum cidadão frequentar um espaço publico, por sua condição social ou cor, é levar a discriminação a categoria mais desumana , ao nível de um apartheid na áfrica do Sul, e isso é péssimo para o Brasil e para a humanidade.

Está nova fase de protesto no Brasil é emblemática, pois a tendencia é se espalhar por todos shoppings do Brasil e mudará muita coisa, pois cada juiz que determinar a proibição do rolezinho, terá a pecha do preconceito e cada shopping que pedir a proibição deste tipo de manifestação estará marcado pela segregação e discriminação, este verão promete ser um dos mais agitado dos últimos anos no Brasil. 

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