quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PAUL KRUGMAM DESCRITO POR JUREMIR MACHADO...


O Nobel de economia e os barões ladrões

Postado por Juremir em 17 de dezembro de 2012 - Política
Paul Krugman é prêmio Nobel de economia.
Ou o equivalente a isso.

É uma poderosa credencial.
Serve para impressionar na televisão.

Há economistas que defendem isto e economistas que defendem aquilo. Como em tudo. Quem tem razão? Nem sempre é possível decidir. Ignorante é quem ignora essas diferenças. 
O grande problema na esfera pública é a legitimação. Se “a” diz que o conflito mais importante do momento é entre capital e trabalho, será chamado de ignorante por três categorias: neoliberais, velhos liberais e ignorantes de direita. Quem terá razão nessa luta sem classe?

Krugman afirma que, apesar da crise, as empresas americanas estão se lavando de grana, enchendo as burras, limpando os burros: “O bolo não está crescendo da forma que deveria – mas o capital está se saindo bem, abocanhando uma fatia cada vez maior, à custa do trabalho”. Yes!

Pode um Nobel da economia ser ignorante em economia?

Krugman vai mais longe e dá o golpe fatal nos clichês liberais: “Espere, será que realmente voltamos a falar sobre o capital contra o trabalho? Isso não é antiquado, um tipo de discussão quase marxista, datado em nossa economia de informação moderna? Bem, isso é o que muitos pensavam”.

Todo neoliberal gaudério acostumado a discursar sobre o fim das ideologias e sobre o anacronismo das lutas entre capital e trabalho deveria ser obrigado a ler Paul Krugman todas as manhãs, durante o chimarrão, e todas as noites, antes do último uísque. É uma maneira de expulsar do corpo a idiotice inculcada pela leitura de revistas rastaqueras como a Veja.

Krugman mostra que tecnologia, ao contrário do que apregoam os tecno-rosas, desemprega, que a paixão pelo modelo asiático tem a ver com trabalho mal pago e que “cada vez mais, os lucros vêm subindo à custa dos trabalhadores em geral, inclusive aqueles com habilidades que supostamente levariam ao sucesso na economia de hoje”. Esse homem é muito perigoso.Um seria-killer.

Protegido por seu Nobel e por sua coluna no insignificante “New York Times”, ele destila o que, na boca de outros, é liquidado como pura ignorância ou saudosismo de dinossauro. Por que o trabalho está perdendo para o capital? 
As respostas dele são devastadoras: “Uma é que a tecnologia tomou um caminho que deixa o trabalho em desvantagem; a outra é que estamos olhando para os efeitos de um forte aumento no poder do monopólio. Essas duas histórias se focam nos robôs, de um lado, e nos barões ladrões, do outro”.Uau!

Muitos devem se questionar: como é que deram um Nobel para esse idiota? Por que não lhe tomam a honraria? Krugman não se intimida: “E os barões ladrões? Hoje em dia, não se fala muito sobre o poder do monopólio; as ações antitruste praticamente desmoronaram durante os anos Reagan e nunca se recuperaram”. 

A ladroagem legal continua. Barões ladrões defendem diminuir ou acabar com impostos sobre heranças. Empresas deveriam ser aliviadas.

Paul Krugman é um mistério.

Pensa o contrário de tudo o que sustentam outros que também ganharam o Nobel de economia. Esse prêmio é chamado de Nobel quando honra gente que pensa o oposto de Krugman. No caso dele, há dúvidas. Ainda mais quando ele chuta o baixo ventre da plutocracia: 

“Como eu disse, essa é uma discussão que mal começou – mas já é hora de começar, antes que os robôs e os barões ladrões tornem nossa sociedade algo irreconhecível”.

Só pode ser ignorante e comunista.

Ou serão ignorantes os que dizem como verdades absolutas o oposto?
Ignorantes ou interesseiros?

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