A entrevista, concedida nesta quarta-feira ao jornalista Paulo Paranaguá, ocupa uma página inteira do jornal vespertino francês.
Le Monde voltou à questão da corrupção, que já havia sido abordada na entrevista coletiva que Dilma Rousseff concedeu à imprensa na terça-feira, ao lado de François Hollande. "Essa praga afeta todos os países. Não são as pessoas que devem ser virtuosas, mas as instituições. A sociedade deve ter acesso a todos os dados do governo. Todos aqueles que utilizam fundos públicos devem prestar contas", disse a presidente.
Ela aproveitou para manifestar novamente seu apoio ao ex-presidente Lula, acusado por Marcos Valério de envolvimento no escândalo do Mensalão: "Eu não tolero a corrupção, e meu governo também não. Se há suspeitas fundamentadas, a pessoa deve partir.
É claro que não se deve confundir essas investigações com a caça às bruxas típica dos regimes autoritários. Para serem candidatos a uma eleição, os brasileiros devem se submeter à lei da ficha limpa, eles não podem ter sido condenados.
O ministério público é independente, a polícia federal investiga, prende e sanciona.
E quem começou essa nova etapa de governo foi o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva".
Economia
"O euro é um trunfo estratégico, mas ele não dispensa [a França] de se voltar para os países emergentes, sobretudo os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), cujas performances sustentam a economia mundial", disse Dilma, ao fazer um balanço positivo de seu encontro com o presidente francês, François Hollande.
A presidente disse que, longe de ser uma invenção de analistas de mercados, o grupo dos Brics representa a construção de uma vontade política comum entre países tão diferentes.
Na entrevista, realizada no aeroporto de Bourget, na região parisiense, pouco antes de Dilma embarcar para a Rússia, a presidente insiste nos atrativos do país para as empresas estrangeiras, garantindo que o Brasil será "o país do futuro" se forem feitos os investimentos necessários na infraestrutura, nas manufaturas e nas indústrias de transformação.
Ela também destaca a diminuição da desigualdade durante os últimos dez anos, graças a uma "forte mobilidade" social, e diz que o objetivo do seu governo agora é diminuir os encargos trabalhistas, expandir o crédito e desvalorizar a moeda a fim de impulsionar o crescimento.
Dilma também se gabou que o Brasil está "blindado" contra o sobressaltos internacionais, graças a uma política de lutar contra a pobreza respeitando a estabilidade macroeconômica.
Meio ambiente
No que diz respeito à proteção da Amazônia, um tema com forte apelo junto aos franceses, Dilma Rousseff repetiu que o governo realizou todos os estudos para garantir que a hidroelétrica de Belo Monte não cause danos ao meio ambiente. Ela fez um apelo para que a comunidade internacional "assuma compromissos fortes em relação às mudanças climáticas".
O jornalista de Le Monde encerrou a entrevista pergutando se Dilma seria candidata à reeleição em 2014, ao que ela respondeu que ainda tem dois anos de "governo intenso" pela frente e que "não é o momento de pensar nisso. Seria colocar o carro na frente dos bois"
Le Monde voltou à questão da corrupção, que já havia sido abordada na entrevista coletiva que Dilma Rousseff concedeu à imprensa na terça-feira, ao lado de François Hollande. "Essa praga afeta todos os países. Não são as pessoas que devem ser virtuosas, mas as instituições. A sociedade deve ter acesso a todos os dados do governo. Todos aqueles que utilizam fundos públicos devem prestar contas", disse a presidente.
Ela aproveitou para manifestar novamente seu apoio ao ex-presidente Lula, acusado por Marcos Valério de envolvimento no escândalo do Mensalão: "Eu não tolero a corrupção, e meu governo também não. Se há suspeitas fundamentadas, a pessoa deve partir.
É claro que não se deve confundir essas investigações com a caça às bruxas típica dos regimes autoritários. Para serem candidatos a uma eleição, os brasileiros devem se submeter à lei da ficha limpa, eles não podem ter sido condenados.
O ministério público é independente, a polícia federal investiga, prende e sanciona.
E quem começou essa nova etapa de governo foi o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva".
Economia
"O euro é um trunfo estratégico, mas ele não dispensa [a França] de se voltar para os países emergentes, sobretudo os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), cujas performances sustentam a economia mundial", disse Dilma, ao fazer um balanço positivo de seu encontro com o presidente francês, François Hollande.
A presidente disse que, longe de ser uma invenção de analistas de mercados, o grupo dos Brics representa a construção de uma vontade política comum entre países tão diferentes.
Na entrevista, realizada no aeroporto de Bourget, na região parisiense, pouco antes de Dilma embarcar para a Rússia, a presidente insiste nos atrativos do país para as empresas estrangeiras, garantindo que o Brasil será "o país do futuro" se forem feitos os investimentos necessários na infraestrutura, nas manufaturas e nas indústrias de transformação.
Ela também destaca a diminuição da desigualdade durante os últimos dez anos, graças a uma "forte mobilidade" social, e diz que o objetivo do seu governo agora é diminuir os encargos trabalhistas, expandir o crédito e desvalorizar a moeda a fim de impulsionar o crescimento.
Dilma também se gabou que o Brasil está "blindado" contra o sobressaltos internacionais, graças a uma política de lutar contra a pobreza respeitando a estabilidade macroeconômica.
Meio ambiente
No que diz respeito à proteção da Amazônia, um tema com forte apelo junto aos franceses, Dilma Rousseff repetiu que o governo realizou todos os estudos para garantir que a hidroelétrica de Belo Monte não cause danos ao meio ambiente. Ela fez um apelo para que a comunidade internacional "assuma compromissos fortes em relação às mudanças climáticas".
O jornalista de Le Monde encerrou a entrevista pergutando se Dilma seria candidata à reeleição em 2014, ao que ela respondeu que ainda tem dois anos de "governo intenso" pela frente e que "não é o momento de pensar nisso. Seria colocar o carro na frente dos bois"
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