sábado, 26 de janeiro de 2013

FÉRIAS...PERFEITAS É PARA QUEM PLANEJA...OU PARA QUEM TEM SORTE?

PROF° PAULO E MARIA LUISA NO ZÔO

Pois é mais um ano se foi ...2012 e quase uma férias já vai , a vida é engraçada queremos que chegue o final do ano para curtir as férias, mas realmente quem curti as férias numa boa? poucos ou uma minoria que consegue curtir as férias com a família ou com os amigos, realmente poucos.

Passamos o ano planejando o lugar perfeito para ir nas férias, fazemos os planos economizamos , daí chega ao final do ano temos aquela surpresa desagradável, subiu o IPVA, subiu o IPTU, subiu a conta do material escolar, gastamos em presentes para parentes ou amigos além da conta, as despesas com os festejos de final de ano passou do limite estipulado...sobrou para quem? sim para as férias.

Como diz o "provérbio" desgraça  é algo que não vem a conta gotas, o chefe resolveu parcelar as férias , ou aquele prefeito novo que recém assumiu decidiu reter as férias dos funcionários ou nem mesmo pagar porque o antecessor deixou a prefa... no CADIN  as desculpas são muitas e aí sobrou para alguém, advinha?... quem vai ter que adiar as férias dos sonhos, digo dos planos...

Bom estamos no mês 01 do ano, mês de janeiro, terei mais 11 meses para planejar aquelas férias dos sonhos , só espero que nada se repita no próximo ano, ou seja nas próximas férias, pois o mesmo raio não caí no mesmo lugar duas vezes , bom mas tem a lei de Murphy , hum acho que ser pessimista não seria uma solução para começar a planejar as férias perfeita.

Menos de 15% dos brasileiros consideram terem aquelas férias perfeita e suas motivações são variadas , mas a questão financeira é a principal, pois o nível de vida ainda está longe de ser o ideal para aquelas férias perfeita, pois não basta sonhar é preciso planejar e o planejamento deve ser muito pragmático e levar em consideração o que pode dar de errado até o início das férias ...

Para quem conseguiu tirar as férias perfeita parabéns e passe a formula para quem não conseguiu a ter férias perfeitas,mas  alguém deve estar se perguntando se este blogueiro está tendo férias perfeita , pois eu lhes digo que minhas férias são perfeita, depois de 12 anos  eu consegui ficar em casa e curtir minha princesinha de  um ano noves meses era tudo que queria...



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

EIS A QUESTÃO COLOCADA POR JUREMIR...O ROCK AINDA VIVE?


O rock morreu

Postado por Juremir 
Escrevi que o rock começou a morrer com a morte de Janis Joplin,  a cantora emblemática de um espírito, de uma atmosfera, de uma revolução.
Alguns leitores ficaram indignados e dispararam os clichês corretivos.
Garantiram que o rock está vivo e que tem muita banda boa por aí, dando Porto Alegre como exemplo dessa imortalidade roqueira.
O rock morreu é uma fórmula que exige análise de discurso.
A morte sempre deixa seus fantasmas, sombras que andam muito tempo depois da extinção do corpo com relativa autonomia e alguma criatividade.
O rock foi uma revolução.
Um imaginário.
Nenhuma das bandinhas que andam por aí, mesmo quando são boas, inventará um imaginário capaz de igualar Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim Morrison. Daria para citar Bob Dilan e mais alguns mitos.
Essa revolução já se completou.
Ela ajudou a mudar a mundo.
Mas, como tudo, foi engolida pela voragem do tempo, pela ideologia da novidade e por uma superação do seu objeto: a rebeldia.
O rock, no fundo, foi sempre contracultura, mesmo antes de ser conceitualmente, utopia e sociedade, como dizia o outro, o maluco, alternativa. Estamos noutra era, uma era na qual o rock é apenas música, nostalgia ou divergência para poucos, muito poucos, sempre menos, vestígio.
O rock, como revolução e imaginário, teve uma dinâmica viral.
Espalhava-se na velocidade da explosão mental.
A contracultura morreu.
O rock não poderia sobreviver a ela.
Não há mais resistência aos padrões do chamado “sistema”?
Claro que há. Mas o rock não é mais a sua expressão principal.
De certa maneira, claro, o rock viverá para sempre: como um espectro.
Encontrei meu colega Carlos Gerbase, roqueiro, nos bons tempos, de “Os Replicantes”, e comentei sobre a morte do rock. Ele respondeu com a rapidez no gatilho de Django (estávamos lá para ver o filme de Tarantino):
– O rock morreu faz tempo!
Comentei o mesmo com Eduardo Bueno, o Peninha, que também estava lá para ver Tarantino (tudo mundo estava lá, o Sérgio Ludke e a Cacá, o Gerbase e a Luciana, o Peninha e a Paula, o Fernando Malheiros e a família, eu e a Cláudia, a Rose, a Lívia, o Sérgio Teixeira e mais uma sala cheia).
O rock é como Django: uma lenda viva.
Cada um pode reinventá-la.
O original, porém, aquele que dá aura ao fenômeno, ficou nos anos 60.
Dizer que o rock morreu não representa necessariamente ficar parado no tempo louvando uma época de ouro da cultura ou da contracultura.
Não admitir a morte do rock, como potência comportamental revolucionária, é que significa essa parada no passado, esse apego ao que radicalmente se foi.
O resto é mimimi.
Está faltando um Tarantino do novo rock

459 ANOS ESTÁ FAZENDO SÃO PAULO, MAS O TRANSPORTE É DA PRÉ-HISTÓRIA.



Celebrando os 459 anos de São Paulo

Por Raquel Rolnik, em seu blog

O aniversário da cidade é sempre uma oportunidade para balanços: como a cidade é vista e vivida por seus moradores? Temos algo a comemorar? Como se trata de São Paulo, a maior e mais contraditória cidade brasileira, o discurso da pujança, do poder, da diversidade, da energia e da intensa dinâmica (e outros consagrados superlativos) esbarra numa espécie de mal-estar generalizado em relação a sua condição urbanística. Usufruir da cidade é uma espécie de corrida de obstáculos cotidiana na qual é necessário abstrair a poluição, o trânsito, o congestionamento, os buracos, os atropelamentos, a enchente, a feiura e o descaso que atingem – evidentemente com intensidades muito diferentes – o conjunto das pessoas que vivem e circulam na cidade.

A (i)mobilidade parece ser o sinal mais evidente da crise e, de fato, não se trata apenas de uma “percepção”, mas da realidade de um sistema de transporte e circulação totalmente incompatível com os fluxos da cidade. Na verdade, a situação atual da mobilidade nada mais é do que a crise de uma política urbana constituída exatamente para enfrentar a primeira grande crise urbana que São Paulo viveu, na década de 30.

Até os anos 1920, o transporte era coletivo e sobre trilhos – bondes e trens. Em 1933, a cidade tinha uma rede de bondes com 258 km de extensão, três vezes maior do que a extensão atual do metrô, em uma cidade com, então, 888 mil habitantes. Nesse mesmo período, a cidade vivia sua primeira grande crise de moradia, durante a qual o modelo de vilas e cortiços de aluguel foi gradativamente substituído pelo loteamento de bairros distantes. Desde a década de 1920, foi implantado na cidade um projeto de remodelação viária voltado para dar suporte a e aumentar a velocidade de circulação de carros e caminhões, implementado por sucessivas administrações municipais e estaduais.

Na década de 1930, diante da ameaça de perda do monopólio e dos problemas de lucratividade com o sistema de bondes, a Light propôs um novo acordo ao governo municipal, apresentando, dentre outras medidas, um plano de construção de uma rede de trânsito rápido com calhas para as linhas de bonde (algumas subterrâneas). Ao mesmo tempo, o então engenheiro municipal Prestes Maia propunha o Plano de Avenidas, composto por um sistema de vias formando uma grelha “radioperimetral”, que acabou por estruturar o crescimento da cidade ao longo das décadas seguintes.

A concepção urbanística proposta por Prestes Maia se opunha a qualquer obstáculo físico para o crescimento, viabilizando um modelo de expansão horizontal ilimitado, que se combinou perversamente com a autoconstrução na periferia como “solução” para o problema da moradia em um contexto de grande migração para a cidade. Ao contrário dos bondes e trens, o transporte via ônibus era flexível, pois seu raio de influência não era limitado pela distância entre as estações. Assim, foi constituído um modelo urbanístico que conduziu o desenvolvimento da cidade. Este breve post não nos permite demonstrar outros elementos deste modelo (como verticalização e zoneamento) e sua relação com a própria lógica política de administração da cidade. Mas não há a menor dúvida de que hoje esse modelo encontrou seu limite.

O que temos para celebrar neste aniversário é, por incrível que pareça, a crise! Só um mal estar como o que atualmente vivemos nesta cidade, aliado à imensa capacidade econômica, técnica e cultural presentes em São Paulo, é capaz de abrir espaços para a ruptura e superação de seu modo de fazer cidade.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

PRONUNCIAMENTO DE DILMA ROUSSEFF SOBRE A REDUÇÃO NO PREÇO DA LUZ.




No dia 23 de janeiro de 2013 a presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento em rede nacional de tv e rádio, sobre a situação social do Brasil que está bem melhor , também para comunicar um fato inédito na história do  Brasil; a redução da tarifa de luz para os brasileiros.

A LUTA HISTÓRICA DO POVO BASCO POR SUA LIBERDADE.


O TERROR E O TERROR

Por: Mauro Santayana 

 - Em 26 de abril de 1937, aviões da Legião Condor, da Alemanha Nazista, com o apoio da aviação italiana, a serviço de Franco, bombardearam Guernica, a capital milenar do povo basco, matando centenas de civis e ferindo outras centenas. Esse ato contra um povo desarmado, em dia de feira, se tornou o símbolo da brutalidade dos nazistas e franquistas, mas não foi a primeira, nem a última agressão ao povo basco. Causou uma revolta mundial, pelo fato de que Guernica é a capital milenar e mítica do povo basco, onde se encontra a árvore de carvalho, que renasce de suas próprias sementes, e sob cuja sombra os chefes bascos se reuniam ao longo dos séculos.
               
     Menos de um mês antes, em 31 de março, a Legião Condor já havia bombardeado a bela cidade basca de Durango, com a morte de 294 civis. Mais tarde, outras cidades espanholas foram atacadas pela aviação, com a chacina da população inerme. Havia dois objetivos nesses ataques: o treinamento de aviões para bombardeios concentrados em áreas urbanas, e a disseminação do terror nas zonas em que os republicanos resistiam. Os nazistas e franquistas que promoveram essa matança não são considerados hoje terroristas. Eram combatentes por uma causa, a causa do anticomunismo e do anti-semitismo. A causa de Hitler, Goebbels, Mussolini e dos quatro generais (Franco, Sanjurjo, Mola e Queipo de Llano), que se reuniram para invadir a Espanha com tropas de suas colônias do norte da África, e iniciar a cruzada católica e nazista contra a soberania republicana.
         
     A história do grande povo basco, que ocupa os Montes Pirineus, suas encostas e sopés, na Espanha e na França,  e no litoral do Golfo de Biscaia, é  um dos enigmas históricos da Europa. Quando os romanos chegaram à região, já os encontraram. Resistiram bravamente contra as legiões e os outros invasores - godos, visigodos, gauleses e francos.
        
     Se há um povo que tem todo o direito histórico, étnico e cultural à plena independência, é o de Euzkadi, o lendário país dos bascos. É certo que uma de suas regiões, a de Navarra, por ter sido sede de um reino cristão, não é tão afirmativa na busca da plena soberania quanto as outras regiões. A causa da independência do País Basco tem apoio, como demonstra a presença, há apenas alguns dias, de milhares de manifestantes, em Bilbao, para pedir que os prisioneiros do ETA presos em outras regiões da Espanha  sejam repatriados para o território basco   

         Ao contrário de como foi apressadamente  classificado pelo representante da Polícia Federal que se manifestou sobre a sua captura no Brasil, o ativista do ETA preso no Rio é um patriota, não um terrorista. Ele foi combatente contra um estado ocupante que usou durante anos grupos terroristas para-oficiais e da extrema-direita, que usaram os mesmos métodos violentos contra os independentistas, e sequer foi condenado pela justiça espanhola por isso, até agora.
         
     Joseba Vizán é, a partir de sua detenção, a  ser explicada pela Polícia Federal - que acompanhou agentes da Polícia Espanhola em sua captura, aparentemente  sem conhecimento prévio do Ministério da Justiça, do Itamaraty, ou do Judiciário   - um prisioneiro político sob a custódia do Estado Brasileiro, que passou a ser responsável pela sua segurança.
       
     Como ele não foi oficialmente requerido pela Espanha, no Brasil, onde é réu primário, ele só pode ser acusado de falsidade ideológica. Aconteça o que acontecer, só o STF pode autorizar a extradição do militante basco, e só a Presidente da República pode, ou não, ordená-la.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

COMENTÁRIO REALIZADO POR LASIER MARTINS GERA INDENIZAÇÃO DE 8 MIL


Comentário no Jornal do Almoço gera indenização




PM ofendido em programa de TV ganha direito à indenização

(imagem meramente ilustrativa)
Os Desembargadores da 10ª Câmara Cível do TJRS mantiveram a condenação da RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A. A empresa terá de indenizar, por danos morais, policial militar ofendido em um comentário de Lasier Martins durante o programa Jornal do Almoço.
Caso
O autor da ação informou que em razão de um convênio realizado pela Brigada Militar era residente na Escola Estadual Paraná, em Porto Alegre, a fim de proteger o patrimônio e inibir eventuais arrombamentos e furtos. No entanto, não é responsável pela segurança em tempo integral, pois realiza turnos de 12 e seis horas de trabalho, intercalados por um dia de folga.
Em 2011, após alguns furtos que ocorreram na escola, Lasier Martins comentou a reportagem sobre os assaltos no programa Jornal do Almoço, afirmando que  o policial não cumpria direito o seu ofício, pois dormia demais:
O PM nada viu! Bota sono profundo nisso!, criticou.
Na Justiça, o PM ingressou com pedido de indenização por danos morais, afirmando que o comentarista agiu com exagero ao informar a ocorrência, ferindo-lhe moralmente e sem oportunizar espaço para a resposta e esclarecimento dos fatos.
No processo, a RBS afirmou que durante a reportagem foi entrevistado o vice-diretor da escola, mostrados os locais de arrombamento e dito que o policial encarregado da segurança não ouviu os assaltantes, sem revelar a identidade do referido militar.
A empresa alegou ainda que assim como no jornal Zero Hora existem colunas de opinião, o Jornal do Almoço proporciona um espaço para comentários sobre assuntos da realidade, sem determinação de pauta pela empresa. Sustentou que a população tem direito a informações de ordem pública e sobre a fiscalização dos órgãos públicos. Negou que o exercício do direito de informar tenha caracterizado prática de ato ilícito, descabendo a pretensão indenizatória, por ausência de ofensa à honra do policial.
Julgamento
O Juiz de Direito Walter José Girotto, da 17ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, considerou o pedido procedente. Afirmou que foi comprovada a efetiva ofensa à honra do PM que, após a veiculação da matéria jornalística, passou a ser taxado de dorminhoco por seus colegas de trabalho.
O magistrado afirmou ainda que o comentário foi feito sem o real conhecimento acerca do convênio firmado entre a Secretaria da Educação e a Brigada Militar. Foi determinada indenização por danos morais no valor de R$ 8 mil.
A empresa RBS recorreu da decisão.
Apelação
No TJRS, o relator do processo foi o Desembargador Paulo Roberto Lessa Franz, que confirmou a sentença, mantendo o valor da indenização em R$ 8 mil.
Conforme o Desembargador, o comentarista deveria ter se certificado da situação do autor antes de fazer as afirmações no programa de TV, de que o PM lá residente dorme demais, dando a entender que os fatos ocorreram por omissão na vigilância da escola. Além disso, o fato do nome do autor não ter sido divulgado na reportagem, por si só, não afasta o dever de indenizar.
Assim, tem-se como inconteste a divulgação de reportagem jornalística envolvendo a pessoa do autor e que esta foi produzida pelo réu, sendo inverídicos os fatos noticiados, situação que, por si só, justifica o dever de indenizar, afirmou o relator.
Ainda, considerou comprovada a repercussão negativa em seu ambiente de trabalho e convívio social, tendo virado motivo de chacota perante seus pares.
Também participaram do julgamento os Desembargadores Túlio de Oliveira Martins e Marcelo Cezar Müller, que acompanharam o voto do relator.
Apelação Cível nº 70052173705

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

TÍPICO PENSAMENTO ÚNICO IMPERIAL DA MÍDIA NO BRASILEIRA.

A posse de Obama e a mídia colonizada



Por Altamiro Borges

A imprensa nativa parece uma sucursal rastaquera da mídia estadunidense.

Ontem, as emissoras “privadas” de televisão deram um show na transmissão da posse de Barack Obama. Comentaristas embasbacados gastaram horas para endeusar a “democracia nos EUA”. Hoje, os principais jornalões deram total destaque para o ritual. O Globo utilizou quase toda a sua capa. “Obama prega igualdade para gays e imigrantes”, foi a sua manchete.

Folha e Estadão repetiram a bajulação, num típico pensamento único imperial.


Bem diferente é a cobertura da mídia das posses dos presidentes latino-americanos, principalmente quando eles se opõem à política imperialista dos EUA na região e pregam a integração soberana do continente.  

No caso de Hugo Chávez, da Venezuela, ela nem sequer escondeu a torcida macabra pela sua morte. As posses de Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador), entre outros, também mereceram coberturas “jornalísticas” negativas, depreciativas e até preconceituosas.

O comportamento servil da mídia nativa lembra uma frase de Chico Buarque, em outubro de 2010, durante o encontro de intelectuais e artistas em apoio a então candidata Dilma Rousseff. Na ocasião, ele ironizou os que “falam fino com Washington e falam grosso com a Bolívia e o Paraguai”.

A imprensa brasileira segue exatamente este padrão de subserviência. E olha que os EUA nem estão com esta bola toda na atualidade. O império decadente afunda na crise econômica e se atola nas guerras em várias partes do mundo.

A regressão social nos EUA é algo impressionante – mas os “calunistas” preferem bajular a posse de Barack Obama. O país é hoje um dos mais desiguais e injustos do planeta.

Um em cada sete estadunidenses depende de assistência do governo federal para comer. São cerca de 46,5 milhões de pessoas incluídas no programa “Food Stamps” (cupons de comida). Outros milhões não contam com qualquer tipo de assistência pública à saúde; outros foram despejados de suas casas e hoje residem em trailers.  

Na bajulada “democracia ianque”, enquanto milhões vegetam na miséria e não acreditam mais na balela da “terra das oportunidades”, uma minoria residual – o 1% criticado pelo movimento Ocupe Wall Street – continua esbanjando fortunas. Em 2010, apesar da brutal crise que vitimou o país, estes ricaços voltaram a acumular riquezas. A participação na renda dos 1,6 milhão do topo da pirâmide subiu de 18% para 19,8%. Mesmo assim, a mídia colonizada faz festa para a posse de Barack Obama. Haja servilismo!

CARLOS DORNELLES UM ÍCONE DA HISTÓRIA DO JORNALISMO ESCORRAÇADO PELA GLOBO...


A sociedade tem que saber mais sobre as práticas fiscais de corporações como a Globo


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Carlos Dornelles é um verbete grande no espaço de memórias do site da Globo.

Ali ficamos sabendo que Dornelles, gaúcho de Cachoeira do Sul nascido em 1954, fez muitas coisas na Globo.

Vou transcrever um trecho para conhecermos melhor Dornelles na Globo segundo a própria Globo:

Esteve à frente de importantes coberturas, tais como a do comício no Vale do Anhangabaú pela campanha das Diretas Já, em 1984. (…)

Também integrou a equipe mobilizada para a cobertura da doença e, em seguida, do falecimento do então presidente eleito Tancredo Neves.

Em abril de 1989, Dornelles foi transferido para o escritório da TV Globo em Londres, onde começou a trabalhar como correspondente. Durante os anos em que esteve na Inglaterra, realizou importantes coberturas jornalísticas sobre a crise do leste europeu. Na então Tchecoslováquia, cobriu a chamada Revolução de Veludo, em novembro de 1989. No mesmo período, esteve no Irã, onde foi responsável pela cobertura da morte do aiatolá Khomeini, cujo enterro reuniu cerca de dez milhões de iranianos; e na Alemanha, onde acompanhou o primeiro ano-novo após a queda do Muro de Berlim.

Em outubro de 1990, recém-chegado de Londres, Carlos Dornelles foi convidado (…) para trabalhar como correspondente em Nova York. No ano seguinte, participou da equipe de cobertura da Guerra do Golfo, um dos momentos mais marcantes de sua carreira.  (…) Ainda como correspondente em Nova York, realizou a cobertura da prisão e da morte do traficante colombiano Pablo Escobar, em 1991 e 1993, e esteve diversas vezes no Peru cobrindo o governo e a queda do ex-presidente Alberto Fujimori.

Ao longo de sua carreira, também participou de importantes coberturas esportivas, como a da Copa do Mundo de 1990, na Itália; a de 1994, nos Estados Unidos, em que o Brasil conquistou o tetracampeonato; e a de 1998, na França. Fez parte, ainda, da equipe que cobriu as Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, em 1988, e de Sidney, na Austrália, em 2000. 

Bem, tanta coisa não foi suficiente para que Dornelles não fosse demitido, em 2008. Dornelles, algum tempo antes, tinha manifestado publicamente seu incômodo com a forma como a Globo vinha cobrindo política.

Antes de ser mandado embora, passou pelo exílio jornalístico siberiano  do Globo Rural, encostado e visto por agricultores sem muito que fazer nos domingos pela manhã.
Tanta coisa, também, não foi suficiente para que Dornelles, a partir de um determinado momento na Globo, desfrutasse dos direitos trabalhistas nacionais.

Dornelles foi instado a se tornar, como tantos outros funcionários graduados da Globo, o chamado “PJ” – pessoa jurídica.

É uma manobra comum entre as empresas jornalísticas, com raras e caras exceções como a Abril. Usar PJs é uma gambiarra de discutível legalidade e indiscutível imoralidade.

O objetivo é simplesmente não pagar o imposto devido. A empresa simula que o funcionário presta serviços eventuais, e com isso economiza consideravelmente. Dornelles era um PJ ao deixar a Globo, embora isso não esteja em seu verbete.

Para os cofres públicos, a proliferação de PJs é uma calamidade. Falta dinheiro que poderia construir escolas, ou pontes, ou hospitais.
Para o empregado, é nocivo. Fundo de garantia, 13º salário, férias etc simplesmente desaparecem.

É bom apenas para os acionistas.

O que leva uma empresa como a Globo a isso? Falta de dinheiro? Ora, a Globo – por causa de 
outro expediente de duvidosa ética, os chamados BVs, algo que mantém as agências de publicidade numa virtual dependência da empresa – fica, sozinha, com praticamente metade de toda a receita publicitária brasileira. (Os BVs — bonificações por volume — explicam em boa parte o milagre de a receita publicitária da Globo aumentar no ano em que teve a pior audiência de sua história. De Xuxa a Faustão, do Jornal Nacional ao Fantástico, o Ibope marcha soberbamente para trás.)

Isso, para resumir, significa o seguinte: a Globo teria que ser administrativamente muito inepta para não ser muito lucrativa com tanto faturamento.

Por que, então, tornar PJs funcionários como Carlos Dornelles, se não é por sobrevivência?

A melhor resposta é: por ganância, associada a um sentimento de impunidade comum em quem tem muito poder de retaliação e intimidação. E esperteza: fazendo este tipo de coisa, a empresa ganha vantagem competitiva sobre as rivais seus custos diminuem. A Abril, que não tem PJs, já foi maior que a Globo.  Hoje é algumas vezes menor.

O risco para a empresa é que, em algum momento, em geral na saída, o PJ a processe.

Foi o que Dornelles fez. Ele reivindica mais de 1 milhão de reais da Globo na Justiça.

Empresas jornalísticas deveriam ter um comportamento exemplar nas práticas administrativas, dado o seu papel fiscalizador.  Você não pode cobrar retidão de governos e políticos  se faz curvas. Isso se chama cinismo. Há que ter muita desfaçatez para dar lições de moral quando você agride o interesse público ao recolher menos imposto do que deveria.

Em vários países, as autoridades estão trazendo à luz aberrações fiscais para que a sociedade se inteire de algo que é crítico para seu bom funcionamento.

Na Inglaterra, vieram à luz os impostos pífios pagos por colossos como Google, Amazon e 
Starbucks com o propósito de embaraçar as empresas e forçá-la a pagar sua taxa justa.

O caso Dornelles é uma lembrança oportuna de que o governo brasileiro deveria jogar luzes – o mais eficiente desinfetante —  nas práticas fiscais de empresas como a Globo com seus PJs de araque.

Paulo Nogueira

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A FOLHA de S. PAULO ESCANCARA SEU PRECONCEITO CONSERVADOR NO ARTIGO SOBRE O FILME "LINCOLN".


Frias, Lincoln, a ditadura e a escravidão

Postado por Juremir em 21 de janeiro de 2013 - História
A Folha de S. Paulo apoiou a ditadura brasileira sem constrangimento.
Emprestava as suas Veraneio para o transporte de “torturáveis”.
Não faz muitos anos, publicou um editorial dizendo que foi uma “ditabranda”.
O dono da Folha, Otavio Frias Filho, gosta de brincar de intelectual.
Publicou, neste domingo, um artigo sobre o filme “Lincoln”, no qual defende, com alguma dissimulação, a tese de que uma abolição gradual – leia-se mais demorada – da escravidão nos Estados Unidos teria evitado um massacre de soldados brancos e possibilitado a Lincoln não ter a necessidade de usar medidas de “legalidade duvidosas” (uau!) como abolir a escravidão nos Estados confederados. Por fim, num arroubo anticapitalista, Frias sustenta, citando Edmund Wilson, que a Guerra Civil gerou este maldito capitalista desenfreado. E o ressentimento racial entre os perdedores.
Não foi a escravidão que gerou o ressentimento? Foi a Guerra Civil?
Tradução: com um pouco de paciência, mais alguns anos de escravidão e capacidade de negociação, teria havido menos prejuízos, menos brancos mortos, menos ilegalidade e talvez um capitalismo mais humano.
Temos uma nova anta na praça.
*
Análise
Spielberg tira fantasma de Lincoln do mármore
Diretor aborda com cautela mitologia de presidente que precipitou a Guerra Civil e aboliu a escravidão nos EUA
A vitória do norte foi mais um capítulo na ascensão imperial de um capitalismo sem freios garantido pela maior máquina militar da história
OTAVIO FRIAS FILHO DIRETOR DE REDAÇÃO
Abraham Lincoln se elegeu presidente dos Estados Unidos em 1860 no auge do impasse entre o Norte capitalista e o Sul escravocrata. A questão era definir se o trabalho escravo seria permitido nos imensos territórios do Meio-Oeste, que logo se tornariam novos Estados.
Apesar de abolicionista, Lincoln foi eleito graças a uma plataforma moderada. Pretendia manter a escravidão no Sul, onde ela sustentava a economia local (fumo, algodão e açúcar), e vedá-la nos novos Estados. Essa proibição localizada, no entanto, foi vista pelo Sul como quebra inaceitável da autonomia estadual. A vitória de Lincoln deflagrou a secessão.
Entre a eleição e a posse, sete (logo seriam 11) dos então 33 Estados se desligaram da União. Embora houvesse, nos escritos dos fundadores da República, referências ao caráter indissolúvel da União, a Constituição silenciava a este respeito.
A rigor, o Sul exercia direito comparável ao reclamado pelas 13 Colônias quando, na solene Declaração de 1776, anunciaram seu desligamento da Coroa inglesa para criar os Estados Unidos.
Lincoln tomou a mais controvertida e crucial das decisões, impedir a secessão pela força, o que precipitou a Guerra Civil (1861-65) e acarretaria a abolição no país inteiro.
A população do Norte era o dobro da do Sul e sua capacidade industrial várias vezes maior -a vitória parecia questão de (pouco) tempo.
Enquanto Lincoln era enredado por generais hesitantes, porém, o Sul mostrou uma disposição aguerrida capaz de manter seu exército na dianteira em toda a primeira metade de guerra, que se arrastou por cinco anos. Numa nação de 31 milhões (4 milhões de cativos), morreram 600 mil soldados, o dobro das perdas americanas na Segunda Guerra Mundial.
Em 1863, quando a maré da guerra começava a virar, Lincoln emitiu uma proclamação que libertava escravos nos Estados sublevados, outra decisão de legalidade duvidosa, adotada a pretexto de “necessidade militar”, já que os cativos eram usados pela logística do exército sulista.
Em 1865, depois de reeleito por ampla maioria e às vésperas da rendição do Sul devastado, Lincoln aprovou na Câmara a 13ª Emenda à Constituição, que abolia a escravidão em definitivo.
Tomada em retrospectiva, a história tem um apelo épico inigualável -o “self-made man” predestinado a ser presidente e vencer uma guerra em que o bem e o mal surgem claramente definidos, a fim de extirpar a infâmia da escravatura e estender a mão, vitorioso, aos derrotados.
AURA MITOLÓGICA
Com o desfecho do assassinato, em que o próprio presidente era oferecido como arremate do imenso holocausto, a figura de Lincoln foi alçada à máxima santidade, envolta numa densa aura mitológica composta por sedimentos crescentes de histórias, biografias, currículos escolares, poemas, canções, peças teatrais, filmes etc.
O êxito moral da emancipação soterrou as complexidades do drama.
Havia propostas de emancipação gradual; teria sido evitável a guerra? Sem ela, parece plausível que mais cedo ou mais tarde o Sul se reintegrasse à União. Além da questão principal, o Sul alegava as tarifas protecionistas do Norte, que exauriam sua economia ao obrigá-lo a comprar caro, como causa da separação.
Sua derrota arrasadora fomentou o ressentimento racial que seria a sina do país.
E, sob certo ângulo, a vitória do Norte foi mais um capítulo, como escreveu o crítico Edmund Wilson (“Patriotic Gore”, Sangueira Patriótica, 1962), na ascensão imperial, guerra após guerra, de um capitalismo sem freios garantido pela maior máquina militar da História.
Mas a personalidade de Lincoln -mais do que a determinação e a habilidade do estadista, seus gestos de simpatia magnânima, a singeleza filosófica de suas anedotas, a qualidade literária de seus discursos, o senso de humor nos piores momentos- dissolve todo questionamento e revitaliza o mito a cada geração.
“KITSCH”
Em “Lincoln” (2012), Steven Spielberg parece abordar esse imponente monumento simbólico com cautela. De tão trafegado, o mito também se desgastou -ou foi recoberto por uma pátina “kitsch” de cafonice americana que o cineasta procura afastar como pode. Essa preocupação é glosada nas cenas iniciais, quando Lincoln só aparece de costas, como Cristo nos filmes antigos.
Dois dos criadores do cinema americano fizeram filmes sobre o personagem, com resultados desiguais. O de D.W. Griffith (“Abraham Lincoln”, 1930) é uma galeria patriótica de cenas célebres; o resultado hoje parece tosco e previsível demais. Nada ilustra melhor o gigantesco salto narrativo e técnico do cinema americano do que compará-lo ao filme de John Ford (“A Mocidade de Lincoln”, 1939).
Este focaliza um episódio da juventude, em que o então advogado interiorano evita o linchamento de um cliente e prova em juízo sua inocência num assassinato. Henry Fonda instila flexibilidade e leveza em seu Lincoln ainda matuto, mas já clarividente. Presos ao mármore do mito, os dois filmes terminam com grandiloquentes tomadas do monumento ao presidente-mártir em Washington.
Exceto pela música algo lamentosa, sobrou pouco daquela pátina endurecida no filme de Spielberg, e nada das peripécias de tantos de seus filmes anteriores.
Aqui predomina um diálogo vivo e espesso; quase toda a cena acontece em sombrios ambientes domésticos com os personagens envoltos por cobertores e fumaça na umidade gélida de Washington, a câmera tirando um elegante efeito claro-escuro do contraste com a luz (emancipatória?) das vidraças.
O roteiro, do dramaturgo Tony Kushner, foi baseado em mais uma torrencial biografia política de Lincoln, “Team of Rivals” (“Time de Rivais”, 2005, de Doris Kearns Goodwin). O filme se concentra na aprovação da 13ª Emenda, episódio decisivo, mas que ocupa poucas páginas no final do livro.
Fragmentos de seu imenso teor narrativo foram introduzidos com destreza ao longo da película, que gira em torno do dilema -aguçado para efeitos dramáticos- entre apressar o fim da guerra ou o da escravidão.
Não é um filme memorável nem espetacular, mas persuasivo em sua sóbria seriedade. Maquiado como um cadáver, Daniel Day-Lewis compõe um símile fantasmagórico, quase embalsamado, mas seu Lincoln exala ao mesmo tempo uma familiaridade, acentuada pela dissonância do timbre agudo da voz, que evoca e supera o ancestral encarnado por Henry Fonda.