quarta-feira, 2 de outubro de 2013

OS BANCO NOS ASSALTAM COMO CLIENTES E DESPREZAM SEUS TRABALHADORES.

Greve dos bancários e lucro dos bancos

Por: Altamiro Borges














A greve nacional dos bancários, iniciada no dia 19 de setembro, teve um nível de adesão acima do esperado pelas lideranças da categoria. Na Bahia, por exemplo, 543 agências foram paralisadas – no ano passado, 380 unidades ficaram sem atendimento no primeiro dia de mobilização. “A adesão neste ano começou maior do que a de 2012, o que mostra que os trabalhadores estão unidos para conquistar aumento real, PLR, piso e vales maiores, além de novas contratações para melhorar as condições de trabalho”, enfatizou o presidente do sindicato, Euclides Fagundes, em entrevista ao sítio Vermelho.

Já na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, mais de 18 mil trabalhadores cruzaram os braços, afetando 580 agências e nove centros administrativos. Em outros estados a adesão também foi positiva, num movimento que deve ser prolongado em função da intransigência dos banqueiros. No ano passado, a greve no setor se estendeu por nome dias. “Os bancos alegam que não podem atender as nossas reivindicações por conta de uma economia com crescimento mais lento. Mas o setor bancário é o que tem maior rentabilidade no país e teve um lucro no semestre de quase 30 bilhões de reais”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da entidade.
“Enquanto propõem reajuste sem ganho real para a categoria, os bancos praticam elevada política de remuneração para seus altos executivos.

A remuneração anual média de um diretor executivo do Santander em 2013 será de R$ 7,9 milhões, por exemplo, um aumento de 39% em relação ao ano anterior. E o piso do bancário é de R$ 1.519”, conclui a sindicalista. A categoria bancária é uma das mais numerosas do país, com cerca de 500 mil trabalhadores. O grau do exploração no setor é brutal, com inúmeros casos de stress e de doenças por esforço repetitivo. Os bancários reivindicam reajuste de 11,93%, sendo 5% de aumento real. Mas os bancos ofereceram apenas 6,1% de reajuste.

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