quarta-feira, 22 de março de 2017

POTENTIAL MEAT AND THE POWER OF GOVERNMENT TEMER ...


Rotten meat and temerian theater

Posted by: Juremir machado da silva (mail from the people)

The classical leftist only trusts the state. The convicted liberal only takes faith in private initiative. For the first all defects are stemming from the thirst for profit, which he calls greed. For the latter it is enough to privatize everything that improves. Brazil has been a master at proving that state and private companies can err in the same way and, in general, associates. The radical liberal guarantees that if the state is taken out of play corruption ends. Who destroyed Mariana, the River Doce, and a whole region? Samarco, a private company belonging to Vale do Rio do Doce and a multinational. The state failed to supervise. Without him would Samarco have done everything right? Only those who believe in Harry Potter think so. Who sold rotten or turbinated meat to consumers? JBS (Friboi and Seara) and BRF (Perdigão and Sadia), two private agribusiness giants. What did they do? They corrupted civil servants. If they did not exist, would JBS and BRF ever deceive people? Win a pack of rotten meat who still stand for that idea. The presidio of Manaus was touched by an outsourcer.
When a politician bogs down in corruption his party rushes to say that he has nothing with the roll. It's always some thing. The opposition does not forgive: it puts the blame on the whole party. There are liberals who usually point the finger at the rot of the left. They do well to the extent that rot is not lacking in Brazilian leftism. They do not care if only a part of the left gets dirty. Now, with two agribusiness stars plunged into the guts in selling rotten meat to unsuspecting consumers, some are quick to say that it should not be generalized. Have the officials involved, however, acted against themselves or against their business interests? Can there be anything more abject than selling rotten food? Part of the left gives the change: who is more dangerous, the MST with its invasions or JBS and BRF with their poisoned meats?

Rotten theses pollute the air. There are those who accuse Lava Jato of producing unemployment by breaking up contractors with their investigations. What should I do? Let the corruption roll so as not to disrupt the economy? The same is happening with the Weak Meat operation. Social networks do not lack conspiracy theories asking who is going to break part of Brazilian agribusiness and affect our exports. What would be right to do? Let the sale of rotten meat continue so as not to harm our trade balance? The left is embarrassed to learn that JBS was fed with BNDES money in the Lula / Dilma era. The right is perplexed. Only 20% of Brazilian beef is exported. The rest is for external consumption. Rotten meat ends up on our plates. How many steaks will we have eaten like this? It is reported that the PMDB was charged with the release of putrid meat.
How do you feel Tony Ramos, Fátima Bernardes and Roberto Carlos who lent their reputations and pockets praising the qualities of JBS meat? What a sad country Brazil: its three most recent tragedies were provoked by private companies: contractors, Samarco, JBS and BRF. Are they going to say that they were forced to sell rotten meat because it is the rule of the game?
And Temer, the actor, the weasel, is going to apologize to the nation for taking the ambassadors to dinner at a steakhouse that only serves imported meat? It is the face of government: one applied after another.

CARNE PODRE E A PODRIDÃO DO GOVERNO TEMER...



Carne podre e teatro temeriano


 O esquerdista clássico só confia no Estado. O liberal convicto só leva fé na iniciativa privada. Para o primeiro todos os defeitos são decorrentes da sede de lucro, que chama de ganância. Para o último basta privatizar que tudo melhora. O Brasil tem sido mestre em provar que Estado e empresas privadas podem errar da mesma maneira e, em geral, associados. O liberal radical garante que se tirar o Estado da jogada acaba a corrupção. Quem destruiu Mariana, o rio Doce e toda uma região? A Samarco, empresa privada pertencente à Vale do Rio do Doce e a uma multinacional. O Estado falhou na fiscalização. Sem ele a Samarco teria feito tudo certinho? Só acha isso quem acredita em Harry Potter. Quem vendeu carne podre ou turbinada para os consumidores? A JBS (Friboi e Seara) e a BRF (Perdigão e Sadia), duas gigantes privadas do agronegócio. O que fizeram? Corromperam funcionários públicos. Se eles não existissem, JBS e BRF jamais enganariam as pessoas? Ganha um pacote de carne podre quem ainda defender essa ideia. O presidio de Manaus era tocado por uma terceirizada.
Quando um político se atola em corrupção o seu partido se apressa em dizer que nada tem com o rolo. É sempre coisa de alguns. A oposição não perdoa: bota a culpa no partido inteiro. Há liberais que costumam apontar o dedo para a podridão da esquerda. Fazem bem na medida em que podridão não falta no esquerdismo brasileiro. Não querem saber se apenas uma parte da esquerda se sujou. Agora, com duas estrelas do agronegócio mergulhadas até as tripas na venda de carne podre para consumidores incautos, alguns se apressam em afirmar que não se deve generalizar. Os funcionários envolvidos, porém, agiram por contra própria contra os interesses das suas empresas ou em nome delas? Pode existir algo mais abjeto do que vender comida podre? Parte da esquerda dá o troco: quem é mais perigoso, o MST com as suas invasões ou a JBS e a BRF com as suas carnes envenenadas?
Teses podres contaminam o ar. Há quem acuse a Lava Jato de produzir desemprego quebrando empreiteiras com as suas investigações. O que deveria fazer? Deixar a corrupção rolar para não atrapalhar a economia? O mesmo está acontecendo com a operação Carne Fraca. Nas redes sociais não faltam teorias conspiratórias perguntando a quem serve quebrar parte do agronegócio brasileiro e afetar nossas exportações. O que seria correto fazer? Deixar a venda de carne podre continuar para não prejudicar nossa balança comercial? A esquerda está constrangida por saber que a JBS foi alimentada com dinheiro do BNDES na era Lula/Dilma. A direita está perplexa. Apenas 20% da carne bovina brasileira é exportada. O resto é para consumo externo. A carne podre acaba em nossos pratos. Quantos bifes teremos comido assim? Consta que o PMDB faturava com a liberação da carne pútrida.
Como se sentem Tony Ramos, Fátima Bernardes e Roberto Carlos que emprestaram suas reputações e seus bolsos louvando as qualidades das carnes da JBS? Que país triste o Brasil: as suas três maiores tragédias recentes foram provocadas por empresas privadas: empreiteiras, Samarco, JBS e BRF. Será que estas vão dizer que foram obrigadas a vender carne podre por ser a regra do jogo?
E Temer, o ator, o canastrão, vai pedir desculpas à nação por ter levado os embaixadores para jantar numa churrascaria que só serve carne importada? É a cara do governo: uma aplicada atrás da outra.

quarta-feira, 8 de março de 2017

A HISTÓRIA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento. 

Desde o final do século 19, organizações femininas oriundas de movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os salários medíocres introduzidos pela Revolução Industrial levaram as mulheres a greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil, comum nas fábricas durante o período. 

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos EUA oficializou a data como sendo 28 de fevereiro, com um protesto que reuniu mais de 3 mil pessoas no centro de Nova York e culminou, em novembro de 1909, em uma longa greve têxtil que fechou quase 500 fábricas americanas.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, uma resolução para a criação de uma data anual para a celebração dos direitos da mulher foi aprovada por mais de cem representantes de 17 países. O objetivo era honrar as lutas femininas e, assim, obter suporte para instituir o sufrágio universal em diversas nações. 

Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então), quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra - em um protesto conhecido como "Pão e Paz" - que a data consagrou-se, embora tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher, apenas em 1921.

Somente mais de 20 anos depois, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres. Nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o "8 de março" foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas.

"O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países", explica a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas (Unicamp).

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

Fonte:Paula Nadal - Revista Nova Escola

Bibliografia
As origens e a comemoração do Dia Internacional das Mulheres. Ana Isabel Álvarez Gonzalez, 208 págs., Ed. SOF/Expressão Popular